O titular da pasta da Cultura,
João Soares, teve entradas de leão, e nestas coisas como em muitas outras é
prematuro falar-se sem conhecer bem a casa e os meios que lhe estão atribuídos,
porque isso pode ser um problema a prazo.
Um dos maiores problemas da área
do Património reside na relação entre as receitas e as despesas, e as últimas
são bastante elevadas e no que toca a manutenção de edifícios e outras obras de
conservação, são tanto maiores quanto menores tenham sido os cuidados tidos
anteriormente.
A angariação de receitas depende
sobretudo das receitas de bilheteira, e o senhor ministro foi muito depressa ao
pote, sugerindo que as entradas de jovens até aos 30 anos fossem grátis aos
domingos e feriados, certamente sem dados objectivos sobre o impacto e justeza
de tal medida.
Eu não sou um adepto da Cultura
mercantilista, mas também não acho que o dinheiro caia do céu. Não admira que
João Soares venha agora dizer que Portugal vive uma situação de emergência,
prevendo já que o orçamento seja mesmo muito curto, o que não é novidade para
quem por cá anda há muitos anos.
A fasquia está agora muito mais
alta do que há meses atrás, porque existe a promessa de completar o Palácio da
Ajuda, terminar a museologia do Museu dos Coches e restaurar os carrilhões do
Convento de Mafra. Outra expectativa prende-se com a recusa do senhor ministro
relativamente ao plano Belém/Ajuda, ficando em aberto qual será a alternativa
que terá em mente, ou se pelo contrário tudo ficará na mesma.
Pois, como dizia minha avó. "Quem está dentro do convento é que sabe o que lá vai dentro"
ResponderEliminarAbraço
Daqui a pouco tempo teremos um ministro sem dinheiro para flores e desejando que surja uma oportunidade para mudar de pasta...
ResponderEliminarBjo da Sílvia