Todos sabemos que os serviços
públicos estão à beira da ruptura por falta de pessoal, e que o
descontentamento e desmotivação dos funcionários se estendem a todos os
sectores.
O executivo sabe-o bem, joga com
a opinião pública falando em aumentos que na realidade não existem desde 2009,
depois fala em descongelamentos que nem chegaram a todos, e que já deviam ter
acontecido há anos, fazendo com que se julgue que o descontentamento não tem
razões.
O argumento para a não satisfação
das reivindicações, mais investimento, mais pessoal e salários decentes, é
sempre o da falta de recursos orçamentais, mas a realidade é bem diferente.
O Novo Banco já anunciou que ia
pedir 1.149 milhões de euros para cobrir perdas de 2018, depois de já ter
recebido no ano passado 792 milhões, e como o tal Fundo de Resolução nunca tem
dinheiro, lá se recorre ao Estado, que tem sempre umas reservas para a banca.
Quem julga que isto é muito, desengane-se,
porque já foi admitido no parlamento que a totalidade do pedido de injecção no
Novo Banco pode chegar aos 3.000 milhões de euros.
Cabe ao Governo determinar as
suas prioridades, mas também nos cabe a nós contribuintes, usar o voto como
forma de mostrar o nosso descontentamento e repúdio.
Nem mais.
ResponderEliminarAbraço e as melhoras.