segunda-feira, janeiro 25, 2021

OS SERVIÇOS ESSENCIAIS

Foi efectuado um plano de vacinação onde estavam definidas as prioridades, dividas em três grupos, e depois de conhecido este plano não se registaram protestos. O plano parecia ajustado e foi aceite pela generalidade dos cidadãos.

Os casos de suspeitas de infecção do Presidente, com testes e mais testes, dúvidas e hesitações, começou a aparecer quem dissesse que os principais representantes da nação deviam ser incluídos no primeiro grupo a aceder à vacinação. Marcelo tomou posição e disse que esperava pela sua vez, que como se sabia era no segundo grupo de prioridade.

Houve informações contraditórias sobre a vacinação de membros de órgãos de soberania (nunca definindo que ficaria incluído), e agora vemos a ministra Marta Temido anunciar que a seguir aos lares de idosos irá avançar-se para “a vacinação dos outros serviços essenciais”, onde cabem os bombeiros, forças de segurança e também titulares de órgãos de soberania.

Correndo o risco de ser chamado de populista, não concordo com a inclusão (muito indefinida) de titulares de órgãos de soberania no grupo dos serviços essenciais, onde não estão os trabalhadores das mercearias e supermercados, talhos e peixarias, bem como os da recolha de resíduos sólidos e tantos outros que permitem que a país seja abastecido, tenha as devidas condições sanitárias e funcione dentro da normalidade possível.

Estas alterações ao plano inicial deixam sempre a sensação de que alguns podem passar à frente de outros, e que somos todos iguais, mas alguns mais do que outros.




 

2 comentários:

  1. Se vamos por grupos ( o que é já de si discutível) então os serviços essenciais deveriam estar na linha da frente. O que é discutível, de facto é considerar-se essencial o que não é e não essencial o que realmente é.

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  2. O critério de criar grupos é em si mesmo discutível, mas quando se aceita (as autoridades fizeram-no) não se devem fazer alterações mais ou menos à socapa, que foi o que aconteceu. Os serviços essenciais estão definidos na legislação e os políticos não estão incluídos. A referência usada pela ministra de órgãos de soberania é tão imprecisa que cabe lá dentro quase tudo que esteja ligado à política, e lamento muito, mas não acho que sejam essenciais, pois uma coisa é servir e outra bem diferente é servir-se...
    Abraço

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