“Numa certa noite de 1759, o Almoxarife do Paço Real
dirigiu-se a Mafra com dois operários de sua confiança (habituados já a
trabalhar no convento) depois de prestarem juramento que nada divulgassem do
que iriam ver e fazer.
Ao carpinteiro, foi dada a incumbência de executar, um caixão
com as dimensões indispensáveis para recolher um corpo humano.
Ao pedreiro, coube o trabalho de abrir numa das paredes do
corredor das aulas a cavidade necessária, para receber na posição vertical o
tosco caixão.
Já noite avançada, alguém abriu as portas do convento para
dar passagem a uma caleça. Do interior desta, saíram 2 homens mascarados,
transportando um comprido saco, dentro, dentro do qual se encontrava “gemendo
aflitivamente” um ser humano.
O saco foi colocado no caixão, o carpinteiro fechou-o e
colocou-o na parede ficando o ser humano emparedado.
Anos depois, já morto o Marquês de Pombal, o pedreiro sentiu
chegar os seus últimos momentos e pediu a um padre para que fossem ouvidas as
suas declarações.
Por intermédio da confissão, que foi pública, se tomou
conhecimento do que se passara no convento de Mafra.
Os religiosos franciscanos retiraram o esqueleto da parede
(que se julga ser duma mulher) e enterraram-no no cemitério dos frades.”
Texto antigo do Palácio de Mafra, fornecido por um amigo
Sala dos Actos
Meus Deus que crueldade.
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