Já manifestei a minha opinião
sobre a polémica em torno da escolha deste nome para um possível/futuro museu,
afirmando que o maior problema, para mim, é desconhecer o espólio do mesmo e a
mensagem que se pretende transmitir, e não o nome, porque aí só existe a
diferença entre o real significado das palavras “Descobertas” ou “Descobrimentos”
e a interpretação de alguns, com a qual não concordo.
Agora surgiu no Público uma carta
com vários subscritores, que parecem ter em comum o facto de serem afrodescendentes, e que se insurgem contra este museu.
Não tenho nada contra a opinião
dos outros, só porque discordo deles, mas acho que não vinha a propósito a cor
da pele, mencionada na carta, nem achei legítimas afirmações como a de estarem
por isso “excluídos do corpo nacional”, por esse motivo, quando são livres
(como se viu) de expressar as suas opiniões. Também não percebi a frase “não
aceitamos um Museu construído sobre os ombros do silenciamento da nossa História…”,
pois fiquei sem perceber se estão a expressar-se enquanto portugueses ou
enquanto estrangeiros.
Quanto à exigência dum Museu do
Colonialismo, da Escravatura ou da Resistência Negra, acho que é uma exigência
estranha, já que o Museu das Descobertas, a existir, deverá abarcar o tema e as
suas consequências, agradáveis e menos agradáveis, sempre de acordo com fontes
históricas, pois só assim o concebo.
Imagem do Público 22/06/2018
Atitudes como estas dos signatários da carta são prejudiciais para os próprios, que de algum modo se auto excluem da sociedade em que vivem e que pelos vistos desprezam.
ResponderEliminarAnarKa