Já ando no mercado de trabalho há
muitos anos, já passei por diversas empresas de diversos ramos, e por várias repartições
públicas, e conheci muitas chefias, mas tem sido no sector público que tenho
deparado com mais decisões e ordens que raiam a anedota e que prejudicam
grandemente a imagem dos serviços.
Em geral as decisões são tomadas
dentro dos gabinetes, comunicadas às chefias escolhidas pelos senhores dos
gabinetes, que depois dão ordens a quem está no terreno, que bem podem
reclamar, que só conseguirão ser considerados inconveniente ou insubordinados.
Descer dos gabinetes ao terreno
não faz parte da cultura de muitas chefias, que não o fazem porque também nunca
assumem responsabilidades pelos falhanços, que esses ficam sempre para os
subordinados. Nas empresas privadas essa atitude geralmente não colhe, já no
Estado as coisas correm de modo muito diferente, porque nas avaliações de
responsabilidades a palavra da chefia tem mais valor do que a do subordinado, e
a chefia quase nunca assume que os erros da sua equipa são da sua
responsabilidade directa.