A Europa que outrora se
caracterizou pela tolerância, pela Democracia e pela defesa dos direitos
humanos, tornou-se num conjunto de países onde imperam os egoísmos, onde cada
um olha para o seu umbigo, e onde as preocupações sociais foram submetidas à
ditadura da economia e das finanças.
Quando consideramos um marco
histórico o desmantelamento do muro que dividia as duas Alemanhas, que durou de
1951 a 1989, estamos a esquecer-nos de outros muros que entretanto começam a
ser erguidos, para já na Hungria e também outro à entrada do Túnel da Mancha.
A Europa que não quer ser
solidária com os seus, como se viu no caso português, no irlandês e no grego,
muito menos o será com outros povos que atravessam crises ainda maiores, e que
procuram fugir à guerra e à miséria dos países de origem.
Sei que este não é um tema fácil
nem pacífico, mas que a solução não passa pela criação de muros, isso já a
História se encarregou de demonstrar.