segunda-feira, novembro 09, 2009

A PROPÓSITO DE LEGITIMIDADES

A propósito das prioridades de agendamento e de discussão de temas nesta nova legislatura foi curioso ouvir da boca de vários políticos, que a Assembleia da República tinha toda a legitimidade para decidir sobre o casamento de pessoas do mesmo sexo, sem o recurso a nenhum referendo, exactamente porque o partido do governo, e não só, tinham o assunto incluído nas suas prioridades expressas nos programas eleitorais.

Não pretendo hoje discutir o tema, mas sim a argumentação utilizada na prioridade dada à sua discussão apesar da conjuntura actual.

A Assembleia da República é composta por eleitos e sempre julguei que era daí que lhe advinha a legitimidade, mas com os políticos e partidos que temos nunca se sabe. Lembrar-se-ão alguns de que estava nos programas da totalidade dos partidos representados no Parlamento na última legislatura, a intenção de realizar um referendo a propósito do Tratado de Lisboa, e depois foi o que se viu.

O esquecimento que afecta demasiado os políticos é também uma das razões que dita a sua falta de credibilidade, e apelar à legitimidade, como foi feito agora, pode avivar as memórias dos portugueses e causar ainda maior descrédito numa classe que já não está no seu lugar por convicção mas por outras razões bem diversas.

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Foto - Cinza e Vermelho
by elektrum

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Humor Variado
Habib Pashazadeh

Hamed Nabaha

Julian Pena-Pai

5 comentários:

  1. Legitimidade em quê e de quê??
    Julgo que os nossos politicos já perderam o significado das palavras. Ficaram com aquelas mais sonantes e que lhes interessam para as aplicar descabidamente... Isto vai mesmo mal, não é Guardião???
    Um beijo
    Graça

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  2. São uns hipócritas legítimos, e pena é que ainda haja quem neles acredite.
    Bjos da Sílvia

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  3. A memória destes politiquinhos que suportamos é selectiva, tal com o exercício da legitimidade.


    Dito isto, devo dizer que defendo o direito ao casamento civil de pessoas do mesmo sexo.

    E como é civil, não vejo porque motivo há-de a igreja católica querer referendar o que quer que seja!

    Boa noite.

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  4. Eu tou cansada de tanto falatório :)

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  5. Caro Guardião

    ...A Assembleia da República é composta por eleitos e sempre julguei que era daí que lhe advinha a legitimidade...
    Eu também pensava assim, mas já não tenho ilusões.
    Definitivamente!

    Um abraço

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