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sábado, fevereiro 04, 2012

CONVERSA DA TRETA

Imagine-se que os partidos do governo, PSD e CDS aprovaram na generalidade, na Assembleia da República, a lei dos compromissos do Estado. Isso mesmo, a lei dos compromissos.

Esta legislação regula a assunção de compromissos e pagamentos em atraso, impõe sanções e proíbe a assunção de despesas com base em previsões de receitas. Esta lei permite ainda ao executivo usar as receitas dos fundos de pensões da banca, para pagamentos de dívidas em atraso, apesar destas serem obviamente necessárias para pagamentos futuros da Segurança Social, com os encargos dos trabalhadores da banca.

Os partidos do governo argumentaram que a medida era moralizadora, criaria emprego e fazia do Estado “uma pessoa de bem”. Mesmo dando de barato que pudesse ajudar a criar emprego, o que não acredito, fiquei abismado com aquela de fazer do Estado “uma pessoa de bem”.

Tanto os deputados do PSD como os do CDS, que aprovaram o corte dos subsídios de férias e de Natal aos pensionistas e funcionários públicos, sabem que ajudaram a que o Estado deixasse de poder ser considerado uma pessoa de bem, violando um compromisso do Estado e violando a própria Constituição?

Talvez seja também altura de denunciar que apesar de tudo o que disseram, já estão a preparar a descida da TSU, condenando a Segurança Social à falência? Vêm agora falar em “pessoas de bem” quando se fartam de defraudar as legítimas expectativas dos cidadãos deste país?

Que falta de vergonha!


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Humor Porcalhão

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Pintura
By Studiounderthemoon

quinta-feira, junho 30, 2011

IMPOSTO TRAPALHÃO

Passos Coelho começou muito mal a sua acção como 1º ministro, lançando um imposto não previsto no programa de governo com que se apresentou ao eleitorado, e apresentando como pretexto “o estado das contas públicas”, usando para isso números do INE divulgados no dia anterior.

Os números em causa não permitem de modo nenhum concluir que o défice encontrado, de 7,7%, tivesse o mesmo reflexo no cômputo anual, porque é sabido que o défice é sempre maior no 1º trimestre. A utilização e a conclusão tirada destes números não são sérias nem fundamentadas, ainda que os números possam estar correctos.

Dizendo que podia ir mais longe do que o que estava no compromisso com a troika, não quer dizer que fosse mais além do que estava no seu programa, e Passos Coelho omitiu este imposto ciente que perderia votos nas eleições.

Agora há também muito que explicar com o dinheiro que vai ser cortado nos subsídios de Natal, como sejam os descontos que sobre esse subsídio recaíam antes do corte, e aqueles que irão ser feitos com este novo imposto. Será que vamos fazer descontos sobre o imposto extraordinário? Será que abate ao IRS deste ano?

Este coelho que Passos Coelho tirou da cartola à última hora é uma trapalhada que como se vê nem estava devidamente estudada.

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Humor Saído da Cartola
Curiosidade - O Smilodon popularmente conhecido como Tigre Dentes de Sabre, era um felino que se julgava extinto, pelo menos até ontem. Hoje já há quem tenha fundadas dúvidas!...
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Foto - Coelho Bravo

segunda-feira, novembro 09, 2009

A PROPÓSITO DE LEGITIMIDADES

A propósito das prioridades de agendamento e de discussão de temas nesta nova legislatura foi curioso ouvir da boca de vários políticos, que a Assembleia da República tinha toda a legitimidade para decidir sobre o casamento de pessoas do mesmo sexo, sem o recurso a nenhum referendo, exactamente porque o partido do governo, e não só, tinham o assunto incluído nas suas prioridades expressas nos programas eleitorais.

Não pretendo hoje discutir o tema, mas sim a argumentação utilizada na prioridade dada à sua discussão apesar da conjuntura actual.

A Assembleia da República é composta por eleitos e sempre julguei que era daí que lhe advinha a legitimidade, mas com os políticos e partidos que temos nunca se sabe. Lembrar-se-ão alguns de que estava nos programas da totalidade dos partidos representados no Parlamento na última legislatura, a intenção de realizar um referendo a propósito do Tratado de Lisboa, e depois foi o que se viu.

O esquecimento que afecta demasiado os políticos é também uma das razões que dita a sua falta de credibilidade, e apelar à legitimidade, como foi feito agora, pode avivar as memórias dos portugueses e causar ainda maior descrédito numa classe que já não está no seu lugar por convicção mas por outras razões bem diversas.

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Foto - Cinza e Vermelho
by elektrum

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Humor Variado
Habib Pashazadeh

Hamed Nabaha

Julian Pena-Pai