Há já alguns meses que se anunciavam os tempos conturbados que agora começam a desenhar-se no horizonte. O governo entreteve-se nos últimos meses a entoar loas aos seus sucessos a nível económico, reduzindo o défice para além do que tinha estipulado e que era exigido, muito à custa da retracção do investimento, do aumento da carga fiscal e dos baixos salários, forçados pelas previsões sempre erradas da inflação esperada.
José Sócrates apostou na retoma da economia mundial em 2008 e 2009, facto que não era previsível depois da crise no mercado imobiliário e de crédito dos Estados Unidos, em 2007, e da manutenção das tensões no Médio Oriente, Irão, Iraque e Afeganistão. Jogou a sua cartada, na presunção que em 2009 poderia abrir um pouco os cordões à bolsa, tirando daí benefícios eleitorais, mas o seu cálculo saiu completamente furado.
Estamos agora, não apenas com problemas económicos, mas com problemas sociais que são muito mais difíceis de resolver. As pequenas empresas estão a viver um verdadeiro sufoco, e os trabalhadores em geral têm salários que começam a não dar sequer para a subsistência, para além de temerem a todo o momento vir a perder os seus postos de trabalho. A instabilidade laboral é de tal modo prejudicial neste momento, que o descontentamento pode vir a tornar-se incontrolável com o agudizar previsível da crise.
José Sócrates apostou na retoma da economia mundial em 2008 e 2009, facto que não era previsível depois da crise no mercado imobiliário e de crédito dos Estados Unidos, em 2007, e da manutenção das tensões no Médio Oriente, Irão, Iraque e Afeganistão. Jogou a sua cartada, na presunção que em 2009 poderia abrir um pouco os cordões à bolsa, tirando daí benefícios eleitorais, mas o seu cálculo saiu completamente furado.
Estamos agora, não apenas com problemas económicos, mas com problemas sociais que são muito mais difíceis de resolver. As pequenas empresas estão a viver um verdadeiro sufoco, e os trabalhadores em geral têm salários que começam a não dar sequer para a subsistência, para além de temerem a todo o momento vir a perder os seus postos de trabalho. A instabilidade laboral é de tal modo prejudicial neste momento, que o descontentamento pode vir a tornar-se incontrolável com o agudizar previsível da crise.
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Fotografias
Como sempre acertou em cheio no texto.
ResponderEliminarSe passar pelo Sexta, poderá ler o
Requiem por Portugal.
Adorei a foto que acho um espectáculo.
Um abraço e resto de bom feriado
Tudo muito bem pensado e muito bem dito. Força!... Portugal precisa que haja quem veja e diga... e não de quem resmungue e se cale.
ResponderEliminarVai ser a desculpa do governo nas eleições: Portugal, não cresceu nem evoluiu por causa da crise internacional, é de letra.
ResponderEliminarOra lá está novamente a puta da Conjuntura a pagar as favas do regabofe! Deixemo-nos de políticas!
ResponderEliminarSócrates só iludiu aqueles que julgam que o mal só se cura com terapia de dor! Meio país entusiasmou-se convencido que ficaria melhor se outros ficassem pior! O resultado está à vista: a arrogância do poder instalado - ps com d ou sem d - o país da europa com maiores desigualdades sociais, os trabalhadores da europa com menos direitos, o serviço nacional de saúde arrombado, um sistema educativo desmotivado, enfim, o legado de Sócrates, a desesperança completa!
Sócrates é a pernada mais podre da árvore da conjuntura!
Um abraço desconjunturado
A contestação saiu à rua e Sócrates já não vem dizer que só lhe interessam os argumentos. Porque será que agora já começa a ver alguma coisa, ainda que não sejam 200 mil os contestatários? Será que é preciso contestar com "mais músculo"?
ResponderEliminarOlhem que isso também se arranja, embora sejamos todos muito sensatos.
Lol
AnarKa
Guardião:
ResponderEliminarA situação neste momento com a greve dos camionistas está a caminhar para o caos.
E nem palavra por parte do governo.
Beijos
se isto n leva uma grande volta não sei não
ResponderEliminarbeijinhos
Estimado Amigo Guardião,
ResponderEliminarDurante o fim de semana não tive oportunidade de viajar pela blogosfera mas, hoje tirei uns minutinhos do meu trabalho para lhe vir deixar um olá, uma palavra amiga.
Mas não me apetece falar de crises.. Hoje Não...
Por vezes, sinto saudades vossas, dos(as) amigos(as) que por este meio criei. Por isso, aqui estou, deixando-lhe um beijo muito amigo e formulando votos para que o Sol brilhe sempre em sua vida e sua obra.
Um grande abraço amigo,
Maria Faia
Um evidente erro de cálculo, só possível pela sua falta de preparação como "animal político" e também pelo seu autismo e peculiar jactância, aliados ao facto de "reinar" sozinho no "seu quintal".
ResponderEliminarParece o menino dono da bola que só deixa jogar quem o deixar marcar os golos.
Ficará nos anais da História como um dos piores Primeiros-Ministros de sempre.
Um desastre total! E de uma arrogância profunda,e tremendamente irritante e pacóvia.
Dixit!
Cumps.
Jorge P.G.
uma crise complicada...
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