O mercado do trabalho em Portugal tem-se caracterizado nas duas últimas décadas pela precariedade, assente num mito engendrado pelas confederações patronais, e sustentado pela ineficácia reguladora do Estado, que finge ter uma lei muito restritiva no que concerne aos despedimentos, mas que nada faz na prática para que ela seja cumprida.
Todos sabem, os trabalhadores, os patrões e os governos, que a grande maioria dos contratos a prazo não são motivados por necessidades transitórias das empresas, mas sim para atender a necessidades permanentes, e que muitos dos recibos verdes existentes não configuram aquisições de serviços, mas sim trabalho com horários definidos e com subordinação hierárquica.
Governos e patrões estão enterrados em contradições, e chegamos mesmo a ouvir disparates como “devia ser tão fácil despedir como obter o divórcio”. Este jogo de sombras e mistificações dá uma imagem negativa dos empregadores, Estado incluído, que exploram impunemente quem trabalha nestas condições, ao mesmo tempo que tentam iludir a opinião pública com tretas como a de premiar o mérito, que por acaso só acontece com os grandes gestores, tropas de choque do grande patronato.
Tecnicamente, é insustentável a teoria da rigidez das nossas leis laborais, bastando para tal analisar comparativamente a volatilidade da taxa de desemprego em Portugal, para se perceber que a sua variação cíclica coincidente com os ciclos económicos só é comparável à dos países onde a legislação laboral é do mais flexível que há, como os Estados Unidos.
Todos sabem, os trabalhadores, os patrões e os governos, que a grande maioria dos contratos a prazo não são motivados por necessidades transitórias das empresas, mas sim para atender a necessidades permanentes, e que muitos dos recibos verdes existentes não configuram aquisições de serviços, mas sim trabalho com horários definidos e com subordinação hierárquica.
Governos e patrões estão enterrados em contradições, e chegamos mesmo a ouvir disparates como “devia ser tão fácil despedir como obter o divórcio”. Este jogo de sombras e mistificações dá uma imagem negativa dos empregadores, Estado incluído, que exploram impunemente quem trabalha nestas condições, ao mesmo tempo que tentam iludir a opinião pública com tretas como a de premiar o mérito, que por acaso só acontece com os grandes gestores, tropas de choque do grande patronato.
Tecnicamente, é insustentável a teoria da rigidez das nossas leis laborais, bastando para tal analisar comparativamente a volatilidade da taxa de desemprego em Portugal, para se perceber que a sua variação cíclica coincidente com os ciclos económicos só é comparável à dos países onde a legislação laboral é do mais flexível que há, como os Estados Unidos.
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Olhares - Goraz
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Pintura
Como a lei não se cumpre isto mais parece uma república das bananas, ou dos bananas, como queiras.
ResponderEliminarOs olhares estão de estalo.
Lol
AnarKa
Mesmo com essas lei "rígida", que os patrões criticam, que dizem não lhes dar espaço para trabalhar melhor, eles não a respeitam, imaginem se realmente entrasse essa famosa flexibilização...
ResponderEliminarE alguém respeita essas leis neste país?
ResponderEliminarBons catoons, e excelente quadro.
Estou convocando os amigos para uma passagem pelo Sexta-feira, no próximo dia 24 de Abril. Espero por si.
Um abraço
Pois meu amigo, no que ao emprego diz respeito, isto vai de mal a pior.De que república se trata não sei mas andamos bem longe dos ideais de Abril.Cantemos no entanto à Liberdade que vamos tendo.
ResponderEliminarDos cartoons, como sempre, gostei. O do touro,então, está demais.
Beijinhos
A eterna luta entre patrões e empregados...
ResponderEliminarFica bem,
Miguel
Guardião
ResponderEliminarCada vez estamos mais distantes dos ideais de Abril. O desemprego é um flagelo que não pára de aumentar e que só não é mais visível porque muitos portugueses emigram. Por cada 15 imigrantes saem 100 portugueses.
Subscrevo, na íntegra, o teu post.
É preciso que as nossas vozes não se calem por todos os excluídos, por todos os desempregados,pelo milhão de deficientes que não tem políticas sociais à altura, pela falta de igualdade de oportunidades e pelo direito à vida com dignidade.
É preciso que nos juntemos às causas que vão eclodindo e que mostram as brechas anti-humanas do nosso sistema.
Vem ao SIDADANIA. O teu apoio é indispensável.
Abraço
Sobre o mercado de trabalho cada vez está mais complicado.
ResponderEliminarOs Cartoons estão excelentes ;)
Tem um Feliz Dia da Terra.
a lei poderá ser rigida ... mas é a favor do patronato ...
ResponderEliminarpara despedir alguém ... basta fazer uma reorganização de serviços e a extinção do posto de trabalho ...
fizeram-me a mim ao fim de 31 anos de trabalho e num lugar de topo ...
bjs
A maioria dos nossos empresários foi educada nessa mentalidade da mão de obra barata e obediente, por isso...
ResponderEliminarÉ UM EMBUSTE TOTAL! "Una broma", como diriam os nossos vizinhos.
ResponderEliminarA imoralidade do Estado em manter com contratos a prazo milhares de trabalhadores que, efectivamente, são de necessidade permanente, dá uma abertura total para que os privados explorem a seu gosto quem tem que ganhar o pão de cada dia.
É a institucionalização da Hipocrisia, da Demogagia e da Opacidade!
E dizem estes sujeitos que querem transparência! Só se for nos bolsos dos que roubam!... (sem aspas ou comas)
Cumps.
Jorge P.G.