quarta-feira, abril 23, 2008

DESCER À CAPITAL, E ARREDORES

Por imperativos de trabalho tive de deslocar-me hoje a Sintra, coisa que já não fazia há algum tempo, e tinham-me incumbido de passar por Queluz para entregar uma encomenda o que eu já calculava, me iria atrapalhar um bocado. Até ao final CREL, junto à saída de Queluz, tudo correu bem, mas o calvário começou logo depois.

Rotundas manhosas e umas alterações de trânsito, que eu não conhecia, obrigaram-me a quase entrar na Amadora, mas lá encontrei uma saída que me conduziu à “famosa” IC-19. Olhei em frente e que grande via com tantas faixas de rodagem, ainda que repleta de automóveis. Passei outra vez pela entrada de Queluz, ali junto ao Palácio e logo me deparo com uma enorme fila. Eram 10 horas da manhã, mas aquilo estava cheio.

Depressa descobri que o tal IC tinha acabado, pelo menos enquanto via com muitas pistas, e estreitava-se para apenas duas, onde dificilmente caberiam dois pesados lado a lado. Os cerca de doze quilómetros até Sintra foram penosos e demorados. Cheguei lá cerca de 28 minutos depois.

Julguei que a minha saga tinha terminado, mas estava redondamente enganado. Fui direito à Piriquita para beber um café e comer um travesseiro, e estacionamento era mentira. Voltas e mais voltas, lá encontrei um estacionamento, pago claro está. Um euro depois, cerca de uma hora e pouco, rumo à Praia das Maçãs para ir ao escritório dos meus sócios. Tentei ir por Monserrate e Seteais, mas eis que umas placas me dissuadem, pois o trânsito estava cortado um pouco à frente. Volto para trás e depois de mais umas voltas, pergunto por um caminho para o meu destino, indicaram-me que descesse perto do Hotel Tivoli e que na linha do eléctrico seguisse para a minha esquerda. Assim fiz, mas a cerca de cento e cinquenta metros, um desvio e dois GNR que com uma simpatia de caserna me disseram que eu tinha ignorado um aviso um pouco antes, e que se queria ir para as praias que seguisse as setas indicativas.

Porreiro, bastava voltar para a entrada de Sintra, mas agora eu estava quase perdido. Lá rumei até à entrada de Sintra e toca a seguir a indicação. Eu devo ser mesmo burro, pois fui dar novamente à estação ferroviária e nada. Parei e toca a perguntar a um taxista, que entre direitas e esquerdas já ía numa boa dezena delas, e eu sem perceber. Vai daí tirei de 20 euros, e pedi encarecidamente ao senhor taxista que me levasse até à estrada das praias, que eu até conhecia bem o caminho junto à linha do eléctrico. Solícito lá cedeu e partiu à minha frente e depois de um engarrafamento brutal numa zona, também esta, em obras, lá conseguimos em 25 minutos, chegar a uma rotunda onde ele após uma breve paragem me indicou finalmente a estrada das praias.

Não me julguem apressadamente, afirmando que eu não tenho GPS, porque a “carroça” até está equipada com um gingarelho desses e actualizado, mas as indicações que ele me dava é que não eram pelos vistos as correctas. Eu acho que o senhor Dr. Fernando Seara se esqueceu de que muitos dos visitantes desta Vila de Sintra, ou são estrangeiros ou pelo menos vêm de fora. Juro que nem consigo entender como é que estava tanta gente lá no Centro Histórico, mas também coitados, se tiverem que dar estas voltinhas todas para encontrar o seu rumo, talvez nunca mais cá queiram voltar.

Os meus sócios é que pagaram as favas. Vão dar-me guarida e lixam-se que me vão pagar o jantar, que é o castigo que lhes dou por me meterem nestas alhadas.

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Fotos Coloridas
Rose by Mariquez

The Butterfly Flower by *UKTara

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Humor Internacional

11 comentários:

  1. Mas que saga Amigo!...
    Há dias assim, em que tudo nos desespera, especialmente o trânsito infernal que nos atrasa e nos aborrece.
    Mas Sintra... a sua beleza e magia compensam a canseira e o desespero.
    Pelo menos a mim, quando vou com tempo para dela disfrutar.

    Um abraço amigo,

    Maria Faia

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  2. É por essas e por outras que eu não saio daqui! E quando por cá apanho alguém que pára e me diz que anda perdido, eu respondo: siga as indicações tal e qual como se andasse em Lisboa, esteja descansado, ninguém lhe apita!
    Em Portugal tudo está bem sinalizado para quem faz o mesmo caminho todos os dias! É uma vergonha! Seria bom que a polícia, em vez de andar a averiguar quem tem o ano da matrícula esbatido pelo sol, tivesse autoridade para disciplinar a poluição sinaléctica!
    Um abraço e nunca mais vás a Sintra nem a Lisboa!

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  3. "quem se mete por atelhos mete-se em trabalhos, e Sintra não é a melhor coisa para visitar devido ao transito caotico
    Saudações amigas

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Guardião!
    O trânsito para automóveis está um caos, creio, em todo o mundo! São muitos automóveis, muitas auto-estradas, parece que é feito somente para quem usa diariamente...
    Abraços.

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  6. Ahahahahaha...é no que dá estar tanto tempo sem vir ao reboliço daqui! E como Lx, Sintra é uma grande confusão para andar de carro. O melhor é utilizar transportes.
    Aqui em lx há sitios que só vou mesmo de transportes senão é o inferno.

    Com tantas queixas e enganos, imagino o ZéPovinho a rir-se à brava...Ehehehe!

    Tenho-me divertido com as vossas trocas de mimos lá no bloguito :-D
    E fico mt contente que tenha gostado da
    T-shirt :-)

    Abraços

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  7. cruz credo, parece que andou num país do terceiro mundo...

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  8. Sintra é um paraíso, amigo, já a desorganização é uma pecha nacional. Assim se promove o turismo numa terra que tem tudo para atrair multidões.
    Bjos da Sílvia

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  9. é o horrível o trânsito ...

    pelo menos disso agora já não me queixo ...

    é raro ir a Lisboa ... prefiro a calma aqui de Azeitão ...


    bjs

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  10. Meu amigo, não aconselho ninguém a visitar Sintra de carro ao fim-de-semana, é o caos total. Até na Piriquita se levam grandes secas só para comprar uns travesseiros.
    Um abraço.

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  11. Olá meu querido amigo, deve ter sido horrível a tua saga... mas estás bem vivo é o que importa!
    As fotos e os cartons, estão o máximo... Adorei tudo...
    Beijinhos de carinho,
    Fernandinha

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