O diário JN noticiou ontem algumas curiosidades sobre os nossos parlamentares, que só terão surpreendido algumas pessoas que não têm o hábito de consumir notícias. Partindo de um título começamos logo por ficar a saber que “abonos podem duplicar vencimento mensal”, e estamos a falar de um vencimento mensal de 3.708 euros – base. Não vou sequer falar nas pensões vitalícias, pois seria imoral dizer quantos a têm e quantos ainda as podem vir a ter.
Mas há mais, no último ano foram aumentados 77 euros, têm direito a 10% do salário para despesas de representação, algumas benesses para o presidente, para os vices, para os líderes parlamentares e os secretários da Mesa, têm todos direito a título gratuito de serviços postais, telecomunicações e redes electrónicas e a ajudas de custo, bem como a viagens pagas caso “residam” fora de Lisboa, ou ao quilómetro para quem resida nas imediações. Esquecia-me da deslocação semanal em trabalho político.
Para quem ache muita fartura tudo isto, posso acrescentar o almoço a 4,65 euros, isto já com o aumento de 0,10 euros desde 2006, cafés a 25 cêntimos águas a 66 cêntimos e sandes de queijo a 45 cêntimos.
Mais interessante ainda, outra notícia do mesmo diário tinha o sugestivo título “remuneração não é indicada como incentivo”, e referia-se a cinco jovens deputados. Um refere que o mais lhe agrada é a flexibilidade de horários, que lhe permite levar o filho ao infantário, outro refere que “a remuneração não é de todo interessante”, além disso, não toca no salário do Parlamento, porque não sabe o dia de amanhã (?). Um representante do PCP pareceu ser o único que não se queixou, mesmo tendo de entregar parte do salário ao partido. O representante do CDS afirmou que “o mais importante não é o estatuto remuneratório” mas “a satisfação política de lutar por aquilo em que se acredita”, o que também é louvável. A representante do BE declara que “não há qualquer privilégio laboral” e acrescenta que “um deputado não pode tirar férias a meio do ano … e a flexibilidade de horários é estar sempre disponível”.
Pensando bem, acho que eu também não gostaria de ser deputado. Aquilo são só inconvenientes, são mal pagos, não ajuda nada o futuro profissional futuro, tem as chatices das cerimónias oficiais, o trabalho é de levar à exaustão e os gajos como eu, ainda mandam bocas aos que se esfalfam a bem dos cidadãos. Vou aproveitar também para aconselhar os meus filhos e netos a nunca sequer equacionarem a hipótese de uma carreira política.
Mas há mais, no último ano foram aumentados 77 euros, têm direito a 10% do salário para despesas de representação, algumas benesses para o presidente, para os vices, para os líderes parlamentares e os secretários da Mesa, têm todos direito a título gratuito de serviços postais, telecomunicações e redes electrónicas e a ajudas de custo, bem como a viagens pagas caso “residam” fora de Lisboa, ou ao quilómetro para quem resida nas imediações. Esquecia-me da deslocação semanal em trabalho político.
Para quem ache muita fartura tudo isto, posso acrescentar o almoço a 4,65 euros, isto já com o aumento de 0,10 euros desde 2006, cafés a 25 cêntimos águas a 66 cêntimos e sandes de queijo a 45 cêntimos.
Mais interessante ainda, outra notícia do mesmo diário tinha o sugestivo título “remuneração não é indicada como incentivo”, e referia-se a cinco jovens deputados. Um refere que o mais lhe agrada é a flexibilidade de horários, que lhe permite levar o filho ao infantário, outro refere que “a remuneração não é de todo interessante”, além disso, não toca no salário do Parlamento, porque não sabe o dia de amanhã (?). Um representante do PCP pareceu ser o único que não se queixou, mesmo tendo de entregar parte do salário ao partido. O representante do CDS afirmou que “o mais importante não é o estatuto remuneratório” mas “a satisfação política de lutar por aquilo em que se acredita”, o que também é louvável. A representante do BE declara que “não há qualquer privilégio laboral” e acrescenta que “um deputado não pode tirar férias a meio do ano … e a flexibilidade de horários é estar sempre disponível”.
Pensando bem, acho que eu também não gostaria de ser deputado. Aquilo são só inconvenientes, são mal pagos, não ajuda nada o futuro profissional futuro, tem as chatices das cerimónias oficiais, o trabalho é de levar à exaustão e os gajos como eu, ainda mandam bocas aos que se esfalfam a bem dos cidadãos. Vou aproveitar também para aconselhar os meus filhos e netos a nunca sequer equacionarem a hipótese de uma carreira política.
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Fotos - Cinderelas
Ora bem, e para os senhores deputados não ficarem aborrecidos que tal trocarem com o ordenado médio dos portugueses (disse médio não disse mínimo)?
ResponderEliminarUm abraço
Fartei-me de chorar a pobre sorte dos nossos deputados. Pobrezinhos. Já há quem pense em fazer um peditório nacional para os ajudar, tal a miséria a que estão votados.
ResponderEliminarLol
então eram curiosidades ou falta de vergonha perante um trabalhador que recebe o salário mínimo e ainda por cima é explorado?
ResponderEliminarda vontade de partir aquilo tudo...
ResponderEliminar... estou disponível para, também eu, me sacrificar pela Pátria ... basta que algum partido me convide ...
ResponderEliminarO último cartoon é simplesmente delicioso :)
ResponderEliminarFica bem,
Miguel
"...Esta é a ditosa Pátria nossa amada"...as imagens são bonitas e os cartoons muit a propósito.
ResponderEliminarUm abraço
António
Estou profundamente envergonhado pela ingratidão que tenho revelado pelos nossos dedicados e altruistas representantes.
ResponderEliminarMea culpa est!
P.S. (salvo seja) - Vou vergastar-me até apele se me tornar rosa, como penitência.
Olá Guardião,
ResponderEliminarPois eu bem querir carpir a triste sorte dos senhores deputados, mas o meu amigo coloca na vitrola o Gilbert Becaud - et maintenant : comment le faire ?...
Obrigada.
Entrar neste blog é sempre um presente.
Um beijinho amigo
Maria