No Carnaval de Pernambuco, sobretudo na cidade de Olinda, existe um grupo que difere das tradicionais troças, dos Blocos e dos Clubes de Frevo, sem prejuízo na sua função alegre e animadora. São os Clubes de alegorias e críticas ou "Clubes de Bonecos", como popularmente são conhecidos. Suas origens confundem-se com as influências das diversas manifestações culturais que provocaram o aparecimento do Entrudo lusitano, aportado aqui através do colonizador europeu, e, mais tarde, transformado no Carnaval que hoje se apresenta colorido, animado, contagiante.
As alegorias presentes nos clubes de bonecos de Olinda apresentam duas particularidades etnológicas na sua formação: a máscara e o gigante. A história registra, em quase todas as culturas conhecidas, o emprego de máscaras durante cerimónias religiosas, folguedos de plantio e colheita e na representação das artes cénicas. Na Africa ela tinha função mística e terrífica. No Brasil era generalizado o seu uso entre indígenas, embora não tenha alcançado popularidade entre os colonizadores.
Em Olinda aconteceu a identificação dessas influências culturais com o espírito carnavalesco do povo. Em 1932 foliões liderados por Benedito Bernardino da Silva fundaram o Clube de Alegoria e Crítica, "Homem da Meia-noite", onde a principal figura é um boneco com 3,5 metros de altura, confeccionado pelo milenar processo do "papier maché." Por sair à zero hora do sábado gordo, a agremiação alcançou a tradicionalidade de abrir oficialmente o Carnaval Olindense, onde uma multidão aguarda ansiosamente pelo início do desfile que percorre as ruas e ladeiras seculares da cidade. Ao contrário dos outros grupos, os clubes de bonecos não possuem bandeira ou estandarte. A única e principal alegoria é o boneco transformado na identidade inconfundível do grupo, que também se caracteriza pela ausência de fantasias, paetês, missangas e lantejoulas. Outra particularidade do Homem da Meia-noite é a indumentária dos componentes das agremiações, apenas uma camisa de fibra de algodão com o nome do clube e o ano do desfile estampados no peito. O ponto alto desses grupos são as orquestras com que se apresentam. Logo observa-se que não se trata de um folguedo para se ver mas, principalmente, e, por excelência, para se acompanhar, dançar o frevo, participar de uma alegria incomparável. No entanto, não é só durante o período carnavalesco que os bonecos vão as ruas. Nos movimentos políticos, nas comemorações de aniversário da cidade e, eventualmente, em solenidades especiais há a oportunidade de se conviver com a alegria transbordante dos clubes de alegorias e críticas ou os bonecos de Olinda.
As alegorias presentes nos clubes de bonecos de Olinda apresentam duas particularidades etnológicas na sua formação: a máscara e o gigante. A história registra, em quase todas as culturas conhecidas, o emprego de máscaras durante cerimónias religiosas, folguedos de plantio e colheita e na representação das artes cénicas. Na Africa ela tinha função mística e terrífica. No Brasil era generalizado o seu uso entre indígenas, embora não tenha alcançado popularidade entre os colonizadores.
Em Olinda aconteceu a identificação dessas influências culturais com o espírito carnavalesco do povo. Em 1932 foliões liderados por Benedito Bernardino da Silva fundaram o Clube de Alegoria e Crítica, "Homem da Meia-noite", onde a principal figura é um boneco com 3,5 metros de altura, confeccionado pelo milenar processo do "papier maché." Por sair à zero hora do sábado gordo, a agremiação alcançou a tradicionalidade de abrir oficialmente o Carnaval Olindense, onde uma multidão aguarda ansiosamente pelo início do desfile que percorre as ruas e ladeiras seculares da cidade. Ao contrário dos outros grupos, os clubes de bonecos não possuem bandeira ou estandarte. A única e principal alegoria é o boneco transformado na identidade inconfundível do grupo, que também se caracteriza pela ausência de fantasias, paetês, missangas e lantejoulas. Outra particularidade do Homem da Meia-noite é a indumentária dos componentes das agremiações, apenas uma camisa de fibra de algodão com o nome do clube e o ano do desfile estampados no peito. O ponto alto desses grupos são as orquestras com que se apresentam. Logo observa-se que não se trata de um folguedo para se ver mas, principalmente, e, por excelência, para se acompanhar, dançar o frevo, participar de uma alegria incomparável. No entanto, não é só durante o período carnavalesco que os bonecos vão as ruas. Nos movimentos políticos, nas comemorações de aniversário da cidade e, eventualmente, em solenidades especiais há a oportunidade de se conviver com a alegria transbordante dos clubes de alegorias e críticas ou os bonecos de Olinda.
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Fotografia - Seca e Molhada
Estou aqui para agradecer a solidariedade e as amaveis palavras que deixou ao meu ultimo post publicado no blog Sidadania. As suas palavras fazem-me sentir maior e mais feliz. O meu bem haja.
ResponderEliminarBom momento informativo.
ResponderEliminarMuito bom momento seco, sim senhor.
Dois povos uma mesma matriz. Passa no meu Blog que tenho artigos relacionados com o teu... Bom Carnaval
ResponderEliminarUm Abraço
Engraçado que estive ontem a pesquisar os diferentes hábitos carnavalescos no Brasil e no mundo e um dos primeiros que encontrei foi este.
ResponderEliminarÉ interessante como o carnaval é vivido de formas tão diferentes no Brasil mas sempre com a mesma intensidade.
Um abraço.
A escolha deste texto foi oportuna, há sempre coisas que não conhecemos. Secas e molhadas? Tanto faz, quando as imagens são boas. O Humor da casa também fica dentro da qualidade de tudo o resto.
ResponderEliminarBjos
Caro Guardião, pelos vistos tudo em forma.
ResponderEliminarRealmente do Brasil vêm-nos tradições como esta, Eu também fui ao baú e encontrei também umas "coisas" muito antigas... mas tão actuais e muito divertidas!!!
Um abraço
Guardião!
ResponderEliminarEm Olinda, tem um boneco que saí ao meio dia de quarta-feira e a folia continua. É o Bacalhau do Batata! Por ser garçom, o Batata não podia acompanhar os bonecos na época do carnaval, por isso fundou o Bacalhau do batata, que é um boneco garçom, com enorme popularidade, pois faz a folia continuar...
Abraços.