Já quase todos ouviram falar do Maio de 68, e da geração que viveu esses anos de revolta, utopia e esperança. Nesse ano viveram-se dias de perfeita euforia popular e caiu por terra uma forma autoritária de fazer política, em França, que acabou por contagiar de algum modo toda a Europa.
Para alguns ficou mais no ouvido a afirmação de Willie Brandt de que os homens esquerdistas aos 20 anos, são sociais-democratas aos 40, porque “Sim, nós podemos”, mas não tudo nem já, porque a realidade se encarrega de nos demonstrar precisamente isso. Mas o cerne desse movimento, utópico sem dúvida, era o descontentamento real da sociedade francesa, muito em especial da juventude e das classes operárias. Essa foi a causa que uniu todos em torno de uma vontade, a de mudança.
Passados quase 40 anos sobre o Maio de 68, poucos são os políticos no activo que o viveram intensamente, e as novas gerações dos que estão na política pouca atenção devem ter dado a este facto histórico que influiu de forma determinante nas preocupações sociais da Europa em geral, a partir de então.
Diz-se que a história não se repete, mas a realidade social de contestação quase permanente devido a corte sociais e a arrogância de alguns governantes, acompanhada por uma redução do nível de vida da maioria dos cidadãos, está a transformar-se numa nova vaga de descontentamento e perda de confiança na classe política, tal como no Maio de 68, e as alternativas também agora estão fora do espectro partidário, pelo que qualquer movimento congregador do descontentamento terá de sair forçosamente da sociedade civil, e terá concerteza consequências imprevisíveis.A memória dos políticos é curta, demasiado curta mesmo, mas o descontentamento está a crescer demasiado, sendo previsível que a curto ou médio prazo tenha de se manifestar com toda a sua força.
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Fotos - Natureza Colorida
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ResponderEliminarO comentário anterior foi eliminado por trazer um link com software malicioso disfarçado de anti-virus. Peço aos meus leitores que não sigam nunca links deixados nas mensagens de comentários, especialmente aqueles que não conheçam. As mensagens têm vindo em inglês mas o IP curiosamente é nacional.
ResponderEliminarObrigado
José, os nossos políticos têm um défice cultural muito grande, e da vida real pouco ou nada conhecem. Para a maioria a política é apenas a passadeira que pretendem atravessar até encontrarem a sinecura que almejam. Quanto à manifestação do descontentamento, e amesmo considerando que o povo português é sereno (demais), qualquer dia terá de acontecer, e aí veremos para onde esta corja "vai de férias prolongadas".
ResponderEliminarBjos da Rita
Mas o povo tem ainda uma memoria muito mais curta, brevemente, em 2009. isso será comprovado uma vez mais.
ResponderEliminarEsta a ser preparado um caldeirão que, quando rebentar, atingirá proporções inimagináveis.
ResponderEliminarOu então já todos perdemos o direito à indignação.
As utopias só o são até deixarem de o ser. Porque ainda acredito na boa-vontade dos homens, exclusão feita aos políticos. Mas esses também não são homens, são seres abjectos que se servem.
ResponderEliminarExcelente post. Generoso, diria.
Abraço
Um apurado sentido crítico, um texto bem escrito recordando algo que nunca perco de vista por conter ideais de justiça, igualdade, fraternidade pelos quais pugno diariamente.
ResponderEliminarSerá utopia? Não quero crer. Espero essa sociedade mais igualitária,com uma melhor distribuição da riqueza. Rapidamente.
Beijinhosssss
Um Maio de 2008 só acontecerá quando houverem menos carneiros neste país!
ResponderEliminarLol
Que tipos mais mafiosos os do post e os dos comentários...
ResponderEliminarOlá tudo bem??
venho agradecer do coração o cuidado, isto vai indo aos poucos...
Portaram-se todos bem na minha ausencia??
Hummm tou a ver tou a ver...
beijão grande
Pois os ideais de 68, foram esquecidos pela maioria dos políticos, muitos dos revolucionários dos ano 70 e 80 eram MRPP, e alguns PC hoje são PSD procuram é o poiso e o tacho ,e esqueceram as ideologias
ResponderEliminarSaudações amigas
Pois os ideais de 68, foram esquecidos pela maioria dos políticos, muitos dos revolucionários dos ano 70 e 80 eram MRPP, e alguns PC hoje são PSD procuram é o poiso e o tacho ,e esqueceram as ideologias
ResponderEliminarSaudações amigas
É curioso, Maio sempre foi o meu mês do ano preferido.
ResponderEliminarConsidero um mês de rejuvenescimento, de renovação de vida.
A fazer lembrar que tudo na vida, tal qual a natureza, se renova ...