Uma das queixas que mais tenho ouvido em amigos ligados à Cultura, e ao Património em particular, tem sido o facto de lhes ter sido negada a formação em diversas áreas, que mesmo ministradas pelo INA são sistematicamente negadas com o pretexto de falta de verbas. Isto não é de hoje, vem de há quase uma década.
Conheço muitos trabalhadores de museus, palácios e monumentos, ligados à área da vigilância e recepcionismo, à arqueologia e à museologia que estão completamente desmotivados, por reconhecerem que a falta de formação não é reconhecida pelo Ministério da Cultura que a tem restringido apenas aos dirigentes de cúpula.
Pode parecer estranho mas na maioria dos serviços nem os directores se preocupam em elucidar os seus funcionários, sobre as especificidades do edifício ou das suas colecções, quando é evidente que muitos deles são os funcionários que dão a cara pelo serviço, no seu contacto directo e diário com o público. A sensibilização e a divulgação que devia começar pelos trabalhadores e que os devia motivar, não é feita. Não sei se o defeito é apenas dos dirigentes se faz parte de uma qualquer estratégia, não assumida publicamente. Eu sou do tempo em que as visitas eram guiadas, e embora reconhecendo que actualmente isso é quase impraticável em alguns monumentos, continuo sem perceber porque é que não existem visitas guiadas a determinadas horas, pelo menos em português, e talvez numa outra língua?
Falo hoje nesta ausência de formação, que se estende a diversos campos, desde as relações públicas, à segurança, informática, primeiros socorros, ou atendimento de loja, porque li uma notícia sobre o programa Inov-Art, patrocinado pelo Ministério da Cultura, que pretende vir a bafejar cerca de 200 jovens com estágios internacionais a jovens artistas. Claro que fica bem ao senhor ministro António Pinto Ribeiro anunciar este programa, e até acho que estes estágios até são desejáveis e importantes para projectar as artes e potenciar a criatividade dos nossos jovens artistas.
A pergunta que me apetece deixar hoje ao senhor ministro da Cultura é: porque é que o senhor não começa por qualificar os “funcionários da casa”, ou será que não está a par da situação dentro do seu próprio ministério?
Conheço muitos trabalhadores de museus, palácios e monumentos, ligados à área da vigilância e recepcionismo, à arqueologia e à museologia que estão completamente desmotivados, por reconhecerem que a falta de formação não é reconhecida pelo Ministério da Cultura que a tem restringido apenas aos dirigentes de cúpula.
Pode parecer estranho mas na maioria dos serviços nem os directores se preocupam em elucidar os seus funcionários, sobre as especificidades do edifício ou das suas colecções, quando é evidente que muitos deles são os funcionários que dão a cara pelo serviço, no seu contacto directo e diário com o público. A sensibilização e a divulgação que devia começar pelos trabalhadores e que os devia motivar, não é feita. Não sei se o defeito é apenas dos dirigentes se faz parte de uma qualquer estratégia, não assumida publicamente. Eu sou do tempo em que as visitas eram guiadas, e embora reconhecendo que actualmente isso é quase impraticável em alguns monumentos, continuo sem perceber porque é que não existem visitas guiadas a determinadas horas, pelo menos em português, e talvez numa outra língua?
Falo hoje nesta ausência de formação, que se estende a diversos campos, desde as relações públicas, à segurança, informática, primeiros socorros, ou atendimento de loja, porque li uma notícia sobre o programa Inov-Art, patrocinado pelo Ministério da Cultura, que pretende vir a bafejar cerca de 200 jovens com estágios internacionais a jovens artistas. Claro que fica bem ao senhor ministro António Pinto Ribeiro anunciar este programa, e até acho que estes estágios até são desejáveis e importantes para projectar as artes e potenciar a criatividade dos nossos jovens artistas.
A pergunta que me apetece deixar hoje ao senhor ministro da Cultura é: porque é que o senhor não começa por qualificar os “funcionários da casa”, ou será que não está a par da situação dentro do seu próprio ministério?
««« - »»»
Logos
»»» - «««
Fotografia
Amigo Guardião
ResponderEliminarEm dia de aniversário, HOJE tenho uma surpresa para os amigos.
Espero por ti.
Um abraço
O homem faz-se à fotografia, é vê-lo sempre a ajeitar a gravatinha. Achas que ele sabe o que se passa na casa? Não lhe dizem, nem ele pergunta.
ResponderEliminarBjos Sílvia
Formar pessoas ?
ResponderEliminarTem se feito isso, pelo menos é o que dizem as estatísticas, pena é que no concreto não seja bem assim.
Hoje já não se forma pessoas, formam-se números.
Olá Guardião,
ResponderEliminarOs políticos apostam sempre em medidas que tragam visibilidade.
A formação de funcionários só seria útil e é necessária ...
O Zeca está arrebatador nessa " Coimbra saudade"
Um beijinho amigo
Maria
É de facto o triste cenário da Cultura, ou falta dela, deste país. Para confirmar o que está dito, hoje mesmo fui informado que foram diversos técnicos superiores e uns quantos protegidos receber formação sobre páginas de Internet, quando essa formação tem sido negada aos que a solicitaram e que até são solicitados de cada vez que há problemas informáticos.
ResponderEliminarCumps
Guardião
ResponderEliminarTu achas que os nossos Ministros da Cultura se interessam pela Cultura? Seja este, seja a Isabel, ou o tal fantasma do PSD & Cª.Ldª.
Olha adorei o post do Chaplin. Uma figura extraordinária.
Em comemoração do dia da poesia deixo-te este belo poema de Eugénio de Andrade:
Tudo me prende à terra onde me dei
O rio subitamente adolescente,
A luz tropeçando nas esquinas,
As areias onde ardi impaciente.
Tudo me prende do mesmo triste amor
Que há em saber que a vida pouco dura
E nela ponho a esperança e o calor
Duns dedos com restos de ternura.
Dizem que há outros céus e outras luas
E outros olhos densos de alegria
Mas eu sou destas casas, destas ruas,
Deste amor a escorrer melancolia.
Um abraço
Meu caro Sr. Guardião, eu explico-lhe uma coisa:
ResponderEliminarNo ano de 2001/2002 fiz uma pós-graduação no Indeg/ Iscte no âmbito da Gestão Cultural Nas Cidades. Indagando a coordenadora da mesma porque é que eu não tinha tido bolsa de estudo e porque é que o procedimento de atribuição de bolsas de estudo ( o qual tinha como 1º critério o PERFIL) parecia um "PROGRAMA AMERICANO DO FBI DE PROTECÇÃO ÀS TESTENHUMAS DE CRIMES VIOLENTOS" dado que optaram por mantê-lo secreto para não ferir susceptibilidades ( e o primeiro critério era o PERFIL!)dos beneficiários ( apenas uma colega entre os dez reconheceu que tina obtido a referida bolsa. Os restantes nove, tal e qual "testemunhas de um crime" afirmavam o contrário). Isto é extraordinário!!! O mais extra--ordinário! ORDINÁRIO mesmo, foi a resposta dessa auto-intitulada Coordenadora." Que eu não tinha PERFIL" e que aliás só tinha sido seleccionada - imaginem - porque as P-Graduações eram caras e a única forma de as pagarem era aceitar pessoas como eu ( Eu sou licenciada em Filosofia pela Universidade de Lisboa, Pós-gaduada no Ramo de Formação Educacional e tinha 5 anos de exercício de actividade docente). A referida Personagem tentou emendar a mão, mas já era muito tarde. E pensando que eu não iria verificar quais os colegas com perfil que beneficiaram da referida bolsa, lá me disse que era público e eu poderia consultar. Claro que o fiz, dado que ao longo daquele nove meses não descortinarem existirem mais de 5 colegas com algum perfil. É igualmente obvio que desses cinco apenas 3 coincidiam na apreciação. Os restantes 7 eram ou meninas ou meninos que, para a idade, conduziam carros topo de gama, esse e só esse era o seu perfil.
Claro que a esta coordenadora não chamo nem à antiga "mulher de cama incerta" ( 1º não sou espanhola, 2º gostava de ser). Mas pessoa séria não o é! Se é mulher séria, então, nem o sabe fingir! É claro que ainda que anónima estou devidamente identificada! E como dizem os espanhóis me morro de asco.
Tire as conclusões por si, Sr. guardião.
Eu tirei por mim. Na hora. E quando penso na cultura ( nessa piroseira organizada) me morro de asco.
PS.: Já agora. No antigo IPLB sitio onde só trablham pessoa já com uma certa idade, o que dá bem para ver a atmosfera portuguesa, um dia descubri lá uma jovenzinha perdida. Pensei deveria ser um génio! Não era tão só a sobrinha do marido da coordenadora. A miuda lá estava a fazer tb em part-time a P-Graduação de Elite e talvez tb com bolsa de Estudo... e a Chularia vai andando.
Não duvido nem um pouco do que está escrito no último comentário. A tal cultura do mérito com que alguns enchem a boca, é uma completa fantasia, ou uma enorme mentira, termos à vossa escolha.
ResponderEliminarLivrei-me dessas avaliações de mérito, que alguns enaltecem, e agora já sou considerado bom pelos mesmos que antes me avaliavam com um suficiente e poucas vezes com o bom. Eu sou o mesmo, mais velho e cansado, mas eles continuam uns incompetentes como sempre o foram. Ascenderam a cargos por compadrio, por nomeação e por concursos à medida, mas nunca passaram de capachos perante os que os nomearam e de déspotas para quem fazia o seu trabalho e emendava os seus erros.
Cumps
Amigo, como sabemos a Cultura está quase 'morta' e não vejo que este ministro seja coisa boa...
ResponderEliminarUm Abraço
Quanto ao PSD, tenho aqui o vo logo:
ResponderEliminarhttp://momentosbreves.over-blog.com/article-17671128.html