sábado, abril 24, 2021

A UTOPIA E A REALIDADE

Estamos a comemorar o 25 de Abril, mas cada um comemora à sua maneira e valoriza o que lhe agradou e nem sempre isso foi igual para todos, tal a diversidade que compões a Liberdade.

O que se passou em 74 e o que se seguiu nos anos quentes, mudou o país e mudou as pessoas, para uns foi o que esperavam, para outros significou vidas destruídas, novos recomeços desilusões, ilusões, até que a realidade se veio a impor.

As cantigas de Abril tinham o seu cunho de insatisfação, desejo de mudança, aspiração dum mundo melhor, mas rapidamente o cariz político partidário começou a ficar evidente. O poder popular começou a evidenciar a ganância de uns a vontade de dominar de outros, as facções iam-se extremando e criaram-se os redutos políticos.

A normalidade das instituições foi tomando forma, e a utopia começou a fenecer perante a realidade que se foi impondo, primeiro timidamente e depois com toda a força. Os desejos de igualdade de direitos, de justiça social, de melhor repartição da riqueza foram sendo esmagados pelo que antes se chamava, capitalismo.

A Liberdade não é um dado adquirido e tem de ser cultivada a cada dia, com a participação cívica de todos. As nossas opiniões podem ser diversas, mas são importantes na procura duma vida melhor. Os políticos e os partidos não podem andar em roda livre, podem e devem ser escrutinados por todos, e temos nas nossas mãos o poder de os derrubar, e não é só nas eleições, mas sim com a nossa participação, apoiando, repudiando ou comentando livremente a actualidade.

Frase – “Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade. A liberdade não é um fim, mas uma consequência.”

Leon Tolstoi  


 

1 comentário:

  1. A Liberdade não é um dado adquirido e cada vez parece mais ameaçado.
    Abraço, saúde e feliz 25 de Abril

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