Ficamos sempre mais descansados quando as nossas autoridades nos aconselham, como o fizeram agora pela boca de Graça Freitas: Portugal aconselha vacina da AstraZeneca para pessoas acima de 60 anos.
Os professores que eram para ser vacinados com esta vacina já no próximo fim-de-semana, viram a sua toma adiada por uma semana, com "as vacinas que forem apropriadas", segundo o senhor coordenador da task force.. Também não haverá qualquer desperdício de vacinas pois "temos uma população acima dos 60 anos superior a dois milhões de habitantes,
portanto, a vacina da AstraZeneca, sendo útil na vacinação dessa
população, o plano não vai sofrer grandes alterações e será útil para
conseguir dar proteção a uma população mais idosa. Vai ser usada
precisamente para isso", também nas palavras de Rui Ivo.
Claro que tanto Graça Freitas como Rui Ivo devem ter informação privilegiada, mas eu, que sou leigo, não vi em lado nenhum (OMS ou EMA) qualquer referência a maior perigosidade (?) desta vacina em qualquer grupo etário, e li tudo o que é público.
Sabemos todos que a vacina da AstraZeneca não foi inoculada a pessoas de mais de 65 anos até muito recentemente na União Europeia, por não ter sido devidamente testada em pessoas deste grupo etário, pelo que os dados existentes não comparam de modo nenhum com os outros grupos etários. Sabemos também que esta vacina ainda não foi acreditada pela autoridade de saúde dos EUA.
Outra particularidade interessante, mas que carece de explicação, é o que acontecerá com os que já foram inoculados com a 1ª dose da vacina, pois a afirmação de Graça Freitas dizendo que vai esperar "por informação adicional , quer da firma produtora, quer da Agência Europeia do Medicamento (EMA), e agiremos em conformidade", é muito estranha uma vez que foi tão lesta a decidir a vacinação do portugueses com mais de 65 anos com a vacina.
Tudo isto tira a credibilidade da vacina, porque fica evidente que há muita coisa que não se sabe, e que as autoridades querem "empandeirar" a AstraZeneca que compraram, em vez de usarem de cautelas e usarem outras vacinas com menos efeitos secundários graves. Outra razão pode ser a diferença de custos...
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