A vacina da AstraZeneca, agora Vaxzevria, tem sido desde o início da sua administração um verdadeiro berbicacho, que deixou os especialistas e os políticos a dizer tudo e o seu contrário, sempre com a convicção de que estavam muito bem informados.
Ninguém parecia, e ainda hoje assim parece, que não se recordam do facto de todas as vacinas contra a Covid 19 terem sido aprovadas em situação de emergência sem terem sido cumpridas todas as etapas que era normal serem cumpridas pelas vacinas anteriores.
Se ainda se lembram esta vacina, a da AstraZeneca, no princípio não era usada em pessoas mais velhas, nuns países acima dos 65 anos, noutros acima dos 55 anos, por não terem sido feitos testes suficientes com pessoas mais velhas. Algum tempo depois decidiram alargar a idade de aplicação da vacina, dizendo que pela experiência não tinham sido encontrados problemas na inoculação a pessoas mais velhas.
O surgimento de mortes e de problemas graves ao nível de coagulação, começaram a ser sistematicamente descartados e a ser rotulados de manobras políticas, argumentos de negacionistas, e alarme infundado. O aumento dos problemas um pouco por todo o lado, fez com que os Estados repensassem a utilização da vacina. Mais uma vez os especialistas vieram negar tudo e mais alguma coisa, até a própria Inglaterra vir afirmar que existiam casos (que sempre tinham negado) no Reino Unido.
Hoje a Agência Europeia de Medicamentos afirma que existe a possibilidade de haver uma relação entre a vacina e as tromboses, mas que os benefícios são superiores aos riscos, como se tudo não passasse duma roleta russa, e não estivéssemos a falar de vidas humanas.
A EMA lavou as suas mãos tal como Pilatos, deixando “que as decisões dos Estados-membros, apesar da natureza política, sejam baseadas na ciência e numa avaliação científica rigorosa dos riscos e benefícios”.
Perante estas “certezas” que são as “avaliações científicas rigorosas” qualquer decisão é absolutamente contestável, e responsabiliza os Estados pelos resultados das suas decisões.
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