A crescente dependência de
Portugal relativamente à actividade turística começa a preocupar muita gente e
pelas mais variadas razões.
Sabe-se que o que atrai mais
turistas a Portugal são factores bem identificados como sejam: a segurança, a
qualidade do acolhimento e simpatia dos portugueses, o Património, a
gastronomia, e o custo de vida. Resumindo pode dizer-se que o que atrai os
turistas é o nosso povo, a nossa identidade e o nosso país.
Tudo isto está a ser posto em
causa começando pelo abandono das cidades por parte dos nacionais, motivado
pela especulação imobiliária. O fim do mercado tradicional e dos restaurantes
genuinamente portugueses, substituídos pelas lojas de bugigangas e pelos
restaurantes com ementas tiradas a papel químico de qualquer centro turístico.
No turismo cultural temos as
principais atracções sobrelotadas, filas de espera, e dificuldades no trânsito.
A par disto temos locais preciosos quase às moscas, por falta de divulgação,
outros mostrando alguma decadência, por falta de investimento, e pouco trabalho
conjunto entre as entidades envolvidas, Estado, Turismo e Agentes de Viagens,
que andam quase de costas voltadas.
Experimentem entrar em igrejas em
monumentos, ou mesmo em igrejas monumentos, e garanto-vos uns quantos palermas
que sem se importarem com nada nem ninguém, se passeiam de chinelos, a comer
castanhas ou outra coisa qualquer, a falar alto, miúdos a correr como se
estivessem num parque, e gente a fazer poses frente ao altar, aos beijos diante
de pinturas, estátuas ou túmulos, e uns quantos pedintes nas redondezas das
entradas.
Quando falo de parques temáticos
é a isto que eu me refiro, e infelizmente começa a tornar-se demasiado
frequente, o que coloca em risco a tal chamada galinha dos ovos de ouro, o
Turismo.
Nem divertido nem interessante, apenas lamentavelmente triste!
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