Não vejo nenhuma
incompatibilidade entre a Cultura e a economia, por isso acho que a
sustentabilidade dos equipamentos culturais é sempre desejável, mesmo que por
vezes tenham que se associar alguns equipamentos da mesma área para encontrar
sinergias que puxem por todos e racionalizem o investimento.
Esta semana conheceu-se a
intenção do CCB de lançar um concurso para construir um hotel de cinco estrelas
e outras áreas comerciais, o que nos fez recordar os argumentos de João Soares quando
chumbou o plano para o eixo Ajuda/Belém protagonizado por António Lamas, que se
sintetizava no facto de “esvaziar o CCB da sua missão primordial”. É curioso como a memória pode ser tão selectiva.
O CCB afinal não é o grande
sucesso que “nos vendem”, e mesmo com entradas pagas em 2017 não garante a sua
autonomia, tendo que recorrer a rendas (do hotel e das lojas) para ser viável
economicamente, o diabo vai ser o investimento necessário para a construção dos
dois módulos ainda inexistentes.
Nestas coisas do investimento
temos sempre um problema para resolver que é encontrar os parceiros para o
negócio, e aqui voltamos à vaca fria, e lá surge o turismo de Lisboa (ATL) e a
Câmara de Lisboa (CML), que por acaso já estão envolvidos na solução para o
fecho do Palácio Nacional da Ajuda, para não falar num outro negócio ainda
pouco falado do antigo quartel dos lanceiros.
Com outra geometria e sem puxar
por outros equipamentos culturais menos visitados da zona, estamos perante uma
realidade pouco diferente do plano de Lamas, ainda que com menos ambição e sem
o aproveitamento de sinergias, mas ainda estamos agora na fase de intenções…
Cultura?
ResponderEliminarSempre o parente pobre
a menos que seja pimba
É sempre a mesma coisa quando se trata da cultura.
ResponderEliminarUm abraço
http://www.cmjornal.pt/politica/detalhe/morreu-mario-soares?ref=HP_Destaque
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