quinta-feira, janeiro 05, 2017

CULTURA E GESTÃO

Não vejo nenhuma incompatibilidade entre a Cultura e a economia, por isso acho que a sustentabilidade dos equipamentos culturais é sempre desejável, mesmo que por vezes tenham que se associar alguns equipamentos da mesma área para encontrar sinergias que puxem por todos e racionalizem o investimento.

Esta semana conheceu-se a intenção do CCB de lançar um concurso para construir um hotel de cinco estrelas e outras áreas comerciais, o que nos fez recordar os argumentos de João Soares quando chumbou o plano para o eixo Ajuda/Belém protagonizado por António Lamas, que se sintetizava no facto de “esvaziar o CCB da sua missão primordial”. É curioso como a memória pode ser tão selectiva.

O CCB afinal não é o grande sucesso que “nos vendem”, e mesmo com entradas pagas em 2017 não garante a sua autonomia, tendo que recorrer a rendas (do hotel e das lojas) para ser viável economicamente, o diabo vai ser o investimento necessário para a construção dos dois módulos ainda inexistentes.

Nestas coisas do investimento temos sempre um problema para resolver que é encontrar os parceiros para o negócio, e aqui voltamos à vaca fria, e lá surge o turismo de Lisboa (ATL) e a Câmara de Lisboa (CML), que por acaso já estão envolvidos na solução para o fecho do Palácio Nacional da Ajuda, para não falar num outro negócio ainda pouco falado do antigo quartel dos lanceiros.


Com outra geometria e sem puxar por outros equipamentos culturais menos visitados da zona, estamos perante uma realidade pouco diferente do plano de Lamas, ainda que com menos ambição e sem o aproveitamento de sinergias, mas ainda estamos agora na fase de intenções…


3 comentários:

  1. Cultura?

    Sempre o parente pobre
    a menos que seja pimba

    ResponderEliminar
  2. É sempre a mesma coisa quando se trata da cultura.
    Um abraço

    ResponderEliminar
  3. http://www.cmjornal.pt/politica/detalhe/morreu-mario-soares?ref=HP_Destaque

    ResponderEliminar