Nos últimos dias foi conhecida a
decisão do governo de concessionar diversos monumentos a privados, e eu
manifestei alguma apreensão por não serem conhecidos os detalhes das
concessões, o modo como os privados irão rentabilizar os mesmos, e quais as
condições de acesso público aos mesmos, ou parte deles, por parte do público em
geral.
Não tenho qualquer preconceito
relativamente à exploração por privados dos monumentos que o Estado não
consegue cuidar devidamente, mas tenho muitas dúvidas quanto ao modo como ficam
acautelados os direitos do Estado, e portanto dos cidadãos, já que o Estado não
tem sido bom negociador nesta matéria.
Fui diversas vezes confrontado
com a experiência bem conseguida da empresa Parques de Sintra, mas esta não
pode servir de exemplo nesta matéria já que, apesar de ter uma gestão de
direito privado, a empresa é inteiramente de capitais públicos. Mesmo
reconhecendo o excelente trabalho da PSML, não podemos esquecer que no seu
início a gestão não foi muito feliz, e só com uma mudança entrou no caminho de
sucesso que todos aplaudimos.
Vamos esperar que tudo corra pelo
melhor, mas convém manter a pressão sobre o governo, de modo a que o processo
seja transparente e que existam meios de monitorizar a actuação dos
concessionários durante todo o processo.
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A Monte da Lua esteve na falência no tempo do Serras Lopes, fazes bem em recordar, e curiosamente começou a senda do sucesso com um antigo diretor do IPPAR...
ResponderEliminarBjo da Sílvia