quinta-feira, dezembro 31, 2015
terça-feira, dezembro 29, 2015
O RESPEITINHO É MUITO BONITO
Os portugueses são, em regra, uns
gajos porreiros, simpáticos e amigos dos seus amigos, isso não se pode negar.
Mas será que somos respeitadores das regras e temos um comportamento cívico
exemplar?
Nós temos comportamentos que
muitas vezes borram a escrita toda. Na estrada temos, demasiadas vezes, um
comportamento irresponsável, nos assuntos fiscais tendemos a enganar o fisco,
como se isso não tivesse consequências e subestimamos os nosso deveres de
participação cívica, embora depois nos achemos no direito de barafustar com os
poderes instituídos.
Nada disto nos torna
verdadeiramente más pessoas, mas temos realmente muito que melhorar para
conseguir uma sociedade melhor.
Hoje lembrei-me deste tema,
devido a um acontecimento corriqueiro. Ao voltar para casa, saí do carro e
entrei em casa, e quando limpei os sapatos no tapete da entrada, verifiquei que
tinha os sapatos sujos por ter pisado inadvertidamente, um presente dum
cãozito.
O episódio que acontece a todos
com demasiada frequência, deve-se ao facto de haver muito dono de cães, que
leva as suas mascotes a passear, sempre para longe da sua porta, e depois não
apanha os presentes dos seus fiéis amigos, borrifando-se para o seu dever
cívico.
Os pobres cães não têm culpa
nenhuma, claro, mas os seus donos comportam-se como uns verdadeiros porcos, que
não gostam de ter a merdinha nas suas casas nem à sua porta, mas não se importam
de deixá-la num qualquer passeio, à porta dos seus vizinhos, e em locais por
onde passam homens, mulheres e crianças.
Respeito quem tem os seus
animais, mas gostava que se comportassem como humanos, respeitando os seus
semelhantes, porque o respeitinho é muito bonito, e todos gostamos de ser
respeitados.
By Leonid Afremov
domingo, dezembro 27, 2015
A EMINÊNCIA PARDA
Há uma eminência parda que domina
efectivamente o governo alemão e as instâncias europeias, e ai de quem se atreva
a enfrentar as suas ordens, chama-se Schäuble.
Não sou propriamente um adepto de
teorias da conspiração, mas quando falamos da Alemanha, confesso que fico
sempre com um pé atrás, porque a memória de duas guerras mundiais ainda está
bem presente na minha mente.
O domínio da Europa pela via
económica foi quase conseguido com a introdução do euro, feito à imagem e
semelhança do marco alemão, e também com a imposição de políticas que
acentuaram ainda mais a dependência dos mais fracos bem como o alinhamento de
outros que não querem perder o que têm.
O poderio económico da Alemanha,
que soube proteger as suas empresas, o emprego e os seus interesses, usando o
mesmo proteccionismo que era negado a todos os outros, não se mostrou
suficiente para o completo domínio germânico.
Uma outra vertente começa agora a
ser desenhada, e já vemos admitida a necessidade de libertação de verbas, na
Alemanha, para despesas militares, e já se fala num exército europeu.
A história pode estar a
repetir-se, com as diferenças próprias dos novos tempos ou, quem sabe, tudo não
passa dum conjunto de coincidências…
quarta-feira, dezembro 23, 2015
FELIZ NATAL
Uma lenda de Natal
O mito
das Renas do Pai Natal foi criado na Europa do séc. XIX, a partir do costume de
nos países como o Canadá (Norte), Alasca, Rússia, Escandinávia e Islândia, as
pessoas se deslocarem na neve, usando um trenó puxado por renas.
Porém, as
renas do Pai Natal são especiais pois, apesar de serem semelhantes às renas que
existem nesses países, são as únicas renas que conseguem voar, de modo a que o
Pai Natal possa entregar os presentes no dia certo e sem atrasos a todas as
crianças do mundo inteiro.
Na
tradição Anglo-saxónica original só existem oito renas, número habitualmente
utilizado para puxar os trenós tradicionais. Os seus nomes são: Dasher, Dancer,
Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donner e Blitzen ou em português, Corredora,
Dançarina, Empinadora, Raposa, Cometa, Cupido, Trovão e Relâmpago. A rena
Rudolph ou Rodolfo, que acabou por ser a mais conhecida, só mais tarde integrou
o grupo (1939).
Conta-se
que o Pai Natal ao chegar a uma das casas para entregar os presentes, encontrou
por acaso a rena Rodolfo, que era diferente das suas outras renas pois tinha um
nariz vermelho e luminoso. Como nessa noite o nevoeiro era muito intenso, o Pai
Natal pediu a Rodolfo que se juntasse a ele e liderasse as suas renas de modo a
que não se perdessem pelo caminho. A partir daí, Rodolfo passou a ser a rena
que guia o trenó do Pai Natal todos os Natais.
terça-feira, dezembro 22, 2015
CHEGOU O INVERNO
Começou o Inverno, vem aí o frio típico da época nestas paragens, e já está à vista o novo ano, que todos esperamos venha a ser melhor do que este.
Como nasci noutra latitude, onde por esta altura começava o Verão, escolhi duas excelentes fotos onde o Sol e o mar pontuam.
Reflexos by Palaciano
Reflexos 1 by Palaciano
domingo, dezembro 20, 2015
VIRAR UNS CONTRA OS OUTROS
Umas das coisas que aprendi ainda
muito novo, talvez porque praticava desportos de equipa, é que em conjunto
valemos mais do que a soma dos valores individuais. Isso ajudou-me sempre a
encontrar os pontos de equilíbrio, quando chefiei equipas, conseguindo saber
motivar cada um para que em conjunto se pudessem atingir os objectivos que nos
eram propostos.
A política em Portugal tem sido
entendida por muitos, como a arte da intriga e que para dominar é necessário
dividir o povo. Certos partidos de direita, a imprensa com eles alinhada, e uns
quantos comentadores do sistema, têm promovido à exaustão a divisão dos
portugueses, tentando virar os trabalhadores do privado contra os funcionários
públicos, os novos contra os velhos, ou a direita contra a esquerda, e o
objectivo único destas campanhas é apenas conseguir ou manter o poder.
Nem vou comentar as enormidades
que alguns deputados disseram, como por exemplo que o PS é o partido dos
funcionários públicos, que nem faz sentido. Claro que também ouvi dizer que o que
o PCP queria era apenas que os transportes voltassem à esfera pública.
Os exemplos são mais do que
muitos, e a imprensa também ajuda, com títulos como: esquerda aprova redução da
sobretaxa e aumentos da Função Pública.
Podemos dizer “dividir para reinar”,
“divide et impera” ou “divide ut regnes”, não importa o idioma, que não deixa
de ser tolo dizer que se quer construir um país melhor e continuar a ter isto
como lema.
sexta-feira, dezembro 18, 2015
AS DESIGUALDADES
Portugal é um dos países europeus
onde as desigualdades são mais gritantes, o que em nada nos beneficia em
questões de competitividade, ao contrário do que alguns nos querem fazer crer.
Nesta altura é quase considerado
louco quem fale de aumentos salariais, ou de pensões, porque nos dizem que a
economia não aguenta, que medidas dessas causariam mais desemprego, etc.
Uma das coisas que me levam a
discordar dos diversos executivos, mesmo dos de esquerda, tem sido o modo
utilizado para proceder a aumentos, mesmo daqueles que realmente não o são,
limitando-se a tentar compensar o que se perde com a inflação.
Sempre fui contra os aumentos
percentuais, devido às enormes desigualdades já existentes, pois resultam
sempre em mais desigualdade, porque recebe mais quem já recebia mais, como é
evidente.
A inflação não atinge mais quem
mais ganha, mas cria mais problemas a quem menos ganha, creio que é claro para
todos. Quando a intenção é compensar o que se perde com a austeridade, faz todo
o sentido que o montante a atribuir deve ser igual para todos,
independentemente do que possam auferir, e só quando se pretende recompensar o
desempenho é que faz sentido haver aumentos diferenciados, e aí é que se pode
admitir as percentagens.
Idade by Palaciano
quarta-feira, dezembro 16, 2015
segunda-feira, dezembro 14, 2015
MARCELO, O AFILHADO
Do alto dos meus muitos aninhos,
permito-me recordar o Botas, o tal que caiu da cadeira, e o seu sucessor, de
seu nome Marcelo Caetano. O facto de ter nascido e atingido a maior idade em
Moçambique, na altura uma província ultramarina portuguesa, fez que também
tivesse acompanhado parte da carreira do pai de Marcelo Rebelo de Sousa, de seu
nome Baltasar Rebelo de Sousa.
Se o passado do candidato à
Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa, está ligado a um passado bem
negro da vida portuguesa, e se mesmo os laços de parentesco e de amizades, são
uma referência pouco abonatória, há que reconhecer que o candidato é um homem
inteligente e de raciocínio rápido.
Há um pecado em que já caíram
muitos indivíduos inteligentes, que é a vaidade, e Marcelo apesar de toda a sua
reconhecida inteligência e experiência, acabou por tropeçar na sua própria
vaidade.
As declarações como “daqui a
semanas sou Presidente da República” a várias semanas das eleições, não
demonstram modéstia nenhuma. É certo que o jornais lhe plantam o nome na 1ª
página, as rádios o apaparicam e as televisões o tratam com demasiada
deferência, o que não admira sabendo-se quem são os “donos” da nossa imprensa,
mas como se costuma dizer, até ao lavar dos cestos é vindima.
Marcelo é o candidato que o
grande patronato deseja, que o grande capital apoia, que o PSD e o CDS desejam
e que a imprensa publicita, mas a última palavra será sempre dos eleitores, que
ainda se recordam da acção de Cavaco Silva, que levou ao colo o governo de
Passos Coelho, e certamente não vão querer repetir a dose, ainda que mais
açucarada e palavrosa.
Vanitas vanitatum omnia vanitas
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