terça-feira, dezembro 29, 2015

O RESPEITINHO É MUITO BONITO



Os portugueses são, em regra, uns gajos porreiros, simpáticos e amigos dos seus amigos, isso não se pode negar. Mas será que somos respeitadores das regras e temos um comportamento cívico exemplar?
Nós temos comportamentos que muitas vezes borram a escrita toda. Na estrada temos, demasiadas vezes, um comportamento irresponsável, nos assuntos fiscais tendemos a enganar o fisco, como se isso não tivesse consequências e subestimamos os nosso deveres de participação cívica, embora depois nos achemos no direito de barafustar com os poderes instituídos.

Nada disto nos torna verdadeiramente más pessoas, mas temos realmente muito que melhorar para conseguir uma sociedade melhor.

Hoje lembrei-me deste tema, devido a um acontecimento corriqueiro. Ao voltar para casa, saí do carro e entrei em casa, e quando limpei os sapatos no tapete da entrada, verifiquei que tinha os sapatos sujos por ter pisado inadvertidamente, um presente dum cãozito.

O episódio que acontece a todos com demasiada frequência, deve-se ao facto de haver muito dono de cães, que leva as suas mascotes a passear, sempre para longe da sua porta, e depois não apanha os presentes dos seus fiéis amigos, borrifando-se para o seu dever cívico.

Os pobres cães não têm culpa nenhuma, claro, mas os seus donos comportam-se como uns verdadeiros porcos, que não gostam de ter a merdinha nas suas casas nem à sua porta, mas não se importam de deixá-la num qualquer passeio, à porta dos seus vizinhos, e em locais por onde passam homens, mulheres e crianças.

Respeito quem tem os seus animais, mas gostava que se comportassem como humanos, respeitando os seus semelhantes, porque o respeitinho é muito bonito, e todos gostamos de ser respeitados.


By Leonid Afremov

domingo, dezembro 27, 2015

A EMINÊNCIA PARDA

Há uma eminência parda que domina efectivamente o governo alemão e as instâncias europeias, e ai de quem se atreva a enfrentar as suas ordens, chama-se Schäuble.

Não sou propriamente um adepto de teorias da conspiração, mas quando falamos da Alemanha, confesso que fico sempre com um pé atrás, porque a memória de duas guerras mundiais ainda está bem presente na minha mente.

O domínio da Europa pela via económica foi quase conseguido com a introdução do euro, feito à imagem e semelhança do marco alemão, e também com a imposição de políticas que acentuaram ainda mais a dependência dos mais fracos bem como o alinhamento de outros que não querem perder o que têm.

O poderio económico da Alemanha, que soube proteger as suas empresas, o emprego e os seus interesses, usando o mesmo proteccionismo que era negado a todos os outros, não se mostrou suficiente para o completo domínio germânico.

Uma outra vertente começa agora a ser desenhada, e já vemos admitida a necessidade de libertação de verbas, na Alemanha, para despesas militares, e já se fala num exército europeu.


A história pode estar a repetir-se, com as diferenças próprias dos novos tempos ou, quem sabe, tudo não passa dum conjunto de coincidências…


quarta-feira, dezembro 23, 2015

FELIZ NATAL



Uma lenda de Natal
 
O mito das Renas do Pai Natal foi criado na Europa do séc. XIX, a partir do costume de nos países como o Canadá (Norte), Alasca, Rússia, Escandinávia e Islândia, as pessoas se deslocarem na neve, usando um trenó puxado por renas.

Porém, as renas do Pai Natal são especiais pois, apesar de serem semelhantes às renas que existem nesses países, são as únicas renas que conseguem voar, de modo a que o Pai Natal possa entregar os presentes no dia certo e sem atrasos a todas as crianças do mundo inteiro.

Na tradição Anglo-saxónica original só existem oito renas, número habitualmente utilizado para puxar os trenós tradicionais. Os seus nomes são: Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donner e Blitzen ou em português, Corredora, Dançarina, Empinadora, Raposa, Cometa, Cupido, Trovão e Relâmpago. A rena Rudolph ou Rodolfo, que acabou por ser a mais conhecida, só mais tarde integrou o grupo (1939).

Conta-se que o Pai Natal ao chegar a uma das casas para entregar os presentes, encontrou por acaso a rena Rodolfo, que era diferente das suas outras renas pois tinha um nariz vermelho e luminoso. Como nessa noite o nevoeiro era muito intenso, o Pai Natal pediu a Rodolfo que se juntasse a ele e liderasse as suas renas de modo a que não se perdessem pelo caminho. A partir daí, Rodolfo passou a ser a rena que guia o trenó do Pai Natal todos os Natais.



terça-feira, dezembro 22, 2015

CHEGOU O INVERNO

Começou o Inverno, vem aí o frio típico da época nestas paragens, e já está à vista o novo ano, que todos esperamos venha a ser melhor do que este.

Como nasci noutra latitude, onde por esta altura começava o Verão, escolhi duas excelentes fotos onde o Sol e o mar pontuam. 

Reflexos by Palaciano


Reflexos 1 by Palaciano

domingo, dezembro 20, 2015

VIRAR UNS CONTRA OS OUTROS



Umas das coisas que aprendi ainda muito novo, talvez porque praticava desportos de equipa, é que em conjunto valemos mais do que a soma dos valores individuais. Isso ajudou-me sempre a encontrar os pontos de equilíbrio, quando chefiei equipas, conseguindo saber motivar cada um para que em conjunto se pudessem atingir os objectivos que nos eram propostos.

A política em Portugal tem sido entendida por muitos, como a arte da intriga e que para dominar é necessário dividir o povo. Certos partidos de direita, a imprensa com eles alinhada, e uns quantos comentadores do sistema, têm promovido à exaustão a divisão dos portugueses, tentando virar os trabalhadores do privado contra os funcionários públicos, os novos contra os velhos, ou a direita contra a esquerda, e o objectivo único destas campanhas é apenas conseguir ou manter o poder.

Nem vou comentar as enormidades que alguns deputados disseram, como por exemplo que o PS é o partido dos funcionários públicos, que nem faz sentido. Claro que também ouvi dizer que o que o PCP queria era apenas que os transportes voltassem à esfera pública.

Os exemplos são mais do que muitos, e a imprensa também ajuda, com títulos como: esquerda aprova redução da sobretaxa e aumentos da Função Pública.

Podemos dizer “dividir para reinar”, “divide et impera” ou “divide ut regnes”, não importa o idioma, que não deixa de ser tolo dizer que se quer construir um país melhor e continuar a ter isto como lema.



sexta-feira, dezembro 18, 2015

AS DESIGUALDADES



Portugal é um dos países europeus onde as desigualdades são mais gritantes, o que em nada nos beneficia em questões de competitividade, ao contrário do que alguns nos querem fazer crer.

Nesta altura é quase considerado louco quem fale de aumentos salariais, ou de pensões, porque nos dizem que a economia não aguenta, que medidas dessas causariam mais desemprego, etc.


Uma das coisas que me levam a discordar dos diversos executivos, mesmo dos de esquerda, tem sido o modo utilizado para proceder a aumentos, mesmo daqueles que realmente não o são, limitando-se a tentar compensar o que se perde com a inflação.


Sempre fui contra os aumentos percentuais, devido às enormes desigualdades já existentes, pois resultam sempre em mais desigualdade, porque recebe mais quem já recebia mais, como é evidente.


A inflação não atinge mais quem mais ganha, mas cria mais problemas a quem menos ganha, creio que é claro para todos. Quando a intenção é compensar o que se perde com a austeridade, faz todo o sentido que o montante a atribuir deve ser igual para todos, independentemente do que possam auferir, e só quando se pretende recompensar o desempenho é que faz sentido haver aumentos diferenciados, e aí é que se pode admitir as percentagens.


Idade by Palaciano

quarta-feira, dezembro 16, 2015

FOTOS

Passeio por Belém às primeiras horas do dia de ontem . fotos de telemóvel.

Palaciano

segunda-feira, dezembro 14, 2015

MARCELO, O AFILHADO



Do alto dos meus muitos aninhos, permito-me recordar o Botas, o tal que caiu da cadeira, e o seu sucessor, de seu nome Marcelo Caetano. O facto de ter nascido e atingido a maior idade em Moçambique, na altura uma província ultramarina portuguesa, fez que também tivesse acompanhado parte da carreira do pai de Marcelo Rebelo de Sousa, de seu nome Baltasar Rebelo de Sousa.

Se o passado do candidato à Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa, está ligado a um passado bem negro da vida portuguesa, e se mesmo os laços de parentesco e de amizades, são uma referência pouco abonatória, há que reconhecer que o candidato é um homem inteligente e de raciocínio rápido.

Há um pecado em que já caíram muitos indivíduos inteligentes, que é a vaidade, e Marcelo apesar de toda a sua reconhecida inteligência e experiência, acabou por tropeçar na sua própria vaidade.

As declarações como “daqui a semanas sou Presidente da República” a várias semanas das eleições, não demonstram modéstia nenhuma. É certo que o jornais lhe plantam o nome na 1ª página, as rádios o apaparicam e as televisões o tratam com demasiada deferência, o que não admira sabendo-se quem são os “donos” da nossa imprensa, mas como se costuma dizer, até ao lavar dos cestos é vindima.

Marcelo é o candidato que o grande patronato deseja, que o grande capital apoia, que o PSD e o CDS desejam e que a imprensa publicita, mas a última palavra será sempre dos eleitores, que ainda se recordam da acção de Cavaco Silva, que levou ao colo o governo de Passos Coelho, e certamente não vão querer repetir a dose, ainda que mais açucarada e palavrosa.


Vanitas vanitatum omnia vanitas