O tal Memorando de Entendimento que vinculou os três partidos signatários e a troika (CE, BCE e FMI), acaba por ser um documento estranho, onde a pretexto de se procurar aumentar a competitividade se desenham políticas divergentes.
Na saúde diminuem-se as deduções, as comparticipações nos medicamentos, as comparticipações em meios de diagnóstico, tudo a bem da poupança. Ao nível de salários e de pensões temos congelamentos e até cortes reais.
A competitividade é o pretexto para todos os cortes, na opinião dos signatários do documento, ainda que seja mais do que evidente que não são os custos laborais que prejudicam a competitividade dos nossos produtos além fronteiras, ou mesmo dentro das mesmas. Os salários e as pensões são das mais baixas da União Europeia.
Um dos factores de produção que mais pesam no que produzimos é a energia, e essa é das mais caras no espaço económico em que estamos inseridos, mas para esse sector aumenta-se o IVA.
A irracionalidade da política que nos está a ser imposta não é discutida nesta campanha eleitoral por nenhum dos partidos que se comprometeu em implementar estas políticas, talvez por isso mesmo: não tem lógica!
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Foto - Estrela
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Humor - A Crise Interminável