segunda-feira, maio 30, 2011

FALTA DE LÓGICA

O tal Memorando de Entendimento que vinculou os três partidos signatários e a troika (CE, BCE e FMI), acaba por ser um documento estranho, onde a pretexto de se procurar aumentar a competitividade se desenham políticas divergentes.

Na saúde diminuem-se as deduções, as comparticipações nos medicamentos, as comparticipações em meios de diagnóstico, tudo a bem da poupança. Ao nível de salários e de pensões temos congelamentos e até cortes reais.

A competitividade é o pretexto para todos os cortes, na opinião dos signatários do documento, ainda que seja mais do que evidente que não são os custos laborais que prejudicam a competitividade dos nossos produtos além fronteiras, ou mesmo dentro das mesmas. Os salários e as pensões são das mais baixas da União Europeia.

Um dos factores de produção que mais pesam no que produzimos é a energia, e essa é das mais caras no espaço económico em que estamos inseridos, mas para esse sector aumenta-se o IVA.

A irracionalidade da política que nos está a ser imposta não é discutida nesta campanha eleitoral por nenhum dos partidos que se comprometeu em implementar estas políticas, talvez por isso mesmo: não tem lógica!

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Foto - Estrela

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Humor - A Crise Interminável

3 comentários:

  1. Essas medidas e a baixa da TSU servem apenas para deixar os trabalhadores mais desprotegidos para mais facilmente serem explorados. Achas mesmo que os gajos iam dizer o que vão fazer a partir do mês de Julho?
    Lol

    AnarKa

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  2. Amigo e isto é novidade?
    Desde Outubro de 2010 que cada vez que recorro à farmácia ( e infelizmente para mim não são poucas) Tenho sempre a surpresa de saber que mais um dos medicamentos deixou de ser comparticipado. há medicamentos que num mês são comparticipados e no seguinte, deixam de ser. Fui operada às pernas por duas vezes. Faço uma vez por ano doppler de controlo dados os antecedentes e sabendo o médico que o meu pai foi amputado exactamente por esse problema. Má circulação e entupimento arterial.
    Bom a Segurança Social tem pago sempre o exame na totalidade uma vez que sou isenta. Em Janeiro deste ano quando o médico mo passou informou-me logo que tinha deixado de ser comparticipado. Resumindo paguei nesse mês só para o exame 112€, sem falar na habitual conta na farmácia. A reforma é de 275€.
    Fala-se muito do que vem aí. E as medidas que foram tomadas desde meados de 2010 para cá? Serviram para o quê se o País continuou a afundar-se?
    Um abraço e uma boa semana

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