quinta-feira, março 13, 2008

CURTAS, MAS ACTUAIS

Imigrantes e museus – É um facto que existem algumas barreiras culturais que podem influir na afluência aos museus por parte das comunidades imigrantes, mais controverso e até duvidoso é que as barreiras linguísticas tenham uma influência significativa. Contactei um observador privilegiado nesta matéria, funcionário de um monumento dos mais visitados e um imigrante de Leste, e ambos concordaram que os factores que mais influem na visita dos imigrantes aos museus são em 1º lugar as condições económicas e o nível cultural, em 2º lugar a existência de familiares directos com quem os imigrantes vivam e só em 3º e último lugar as barreiras linguísticas. Não é por acaso que os imigrantes do Leste europeu visitam mais os museus do que os imigrantes brasileiros e que os africanos surgem apenas em terceiro lugar. Pelas notícias veiculadas pela Lusa e pelo DN, os especialistas bateram mais na tecla das barreiras linguísticas, mas talvez não estejam a bater no ponto principal.

Os clientes e a Banca – Tornou-se evidente que existe uma crise nos mercados de capital, que em Portugal foi desvalorizada quando surgiram os primeiros sinais no Estados Unidos, mas que agora é difícil de ignorar. Para muitos todo isto resultou do mercado altamente especulativo que foi seguido por muitas instituições, visando altos lucros e grandes resultados em curto espaço de tempo. De facto os bancos e outras entidades financeiras multiplicaram os seus lucros, apresentando durante muito tempo lucros muito acima da evolução dos restantes mercados, embora à conta de créditos sem garantias e investimentos baseados em negócios desse tipo. O crescimento abrandou e a falta de liquidez entrou casa dentro de quem embarcou nessa aventura que todos sabiam ter riscos. Agora que a factura começa a pesar, e mesmo depois de grandes injecções de liquidez feitas pelos bancos centrais, que mesmo sendo de grande amplitude não conseguiram colmatar os excessos de vários anos desta prática, surgem os senhores banqueiros a dizer que “o custo está a ser inteiramente suportado pelos bancos”, preparando-se assim para o fazer reflectir sobre os clientes, como se a culpa fosse destes últimos. Onde estavam esses banqueiros quando apresentaram lucros escandalosos à custa dessas operações que agora lhes pesam? Dividiram esses lucros com os seus clientes, ou só pelos seus accionistas? E o senhor Constâncio, é afinal governador do Banco de Portugal ou presidente de alguma associação de bancos privados?

Vamos ver se nos entendemos, os bancos arriscaram, ganharam muito, e agora não têm do que se queixar. Conheciam muito bem os riscos do mercado, para virem agora com estas cantigas de benfeitores, coisa que nunca foram.

««« - »»»
Humor da Casa


««« - »»»

Fotografias Manipuladas

Fruit Garden by @lis@

strawberry by @lis@

Zen by Alba Luna

8 comentários:

  1. Que ninguém se preocupe que os bancos já andam a pensar como vão dar a volta ao texto.
    E não vão ficar a perder.

    ResponderEliminar
  2. Caro Quintarantino
    Eles nem precisam de pensar muito, nem de se preocupar com nada, é para isso que lá está o Constâncio - para dar o seu aval. Os pobres que paguem a crise, é bom de ver.
    Cumps

    ResponderEliminar
  3. E agora não é para parar mais até ao tocar a rebate e finalmente a finados...
    beijão grande

    ResponderEliminar
  4. José
    Também eu acho que há mais factores culturais a influenciar as visitas aos museus do que linguísticos. Verifica-se isso nos portugueses e também nos imigrantes.
    Os bancos, amigo, são uns grandes gulosos, enquanto foi só abichar estavam felizes da vida, agora que estão constipados querem que sejamos nós a pagar os remédios e o internamento. Esse Constâncio não é flor que se cheire, é o tal que diz que o pessoal devia ganhar pouco mas não abdica das mordomias e do chorudo salário que lhe pagamos.
    Bjos
    Rita

    ResponderEliminar
  5. Os bancos são como os casinos, quem lá entra sai depenado, o jogo é sempre a favor da casa.
    Fui
    Joca

    ResponderEliminar
  6. Muito engraçada a foto do Fruit Garden e muito bela a última.

    Curiosa a refe`rência aos motivos de influência nas visitas amuseus, constituindo os resutados, também para mim, uma surpresa.

    Quanto aos bancos, que peninha tenho deles!...

    Os meus cumprimentos.
    Jorge G.

    ResponderEliminar
  7. A banca e os seguros estão sempre a facturar, mesmo nas crises :-(


    Abraço

    Maria

    ResponderEliminar
  8. o primeiro cartoon exibe de forma perfeita a forma como os bancos actuam!

    cump's

    ResponderEliminar