Em geral, quando sou chamado a votar em eleições para órgãos políticos, costumo votar em branco por não me identificar minimamente com a classe política que temos. É um direito que me assiste e também um sinal de protesto contra os concorrentes.
No passado dia 11 fui votar no referendo por ser uma forma de participação directa onde, julgava eu, não estava a apoiar nenhum dos partidos, mas antes a tomar uma posição cívica manifestando a minha opinião favorável à despenalização do aborto, sobre a qual a AR não tinha legislado nesse sentido embora o pudesse ter feito.
Legalmente este referendo e o anterior, devido à abstenção não tiveram poder vinculativo, pelo que em termos estritamente legais a situação está exactamente como estava há vários anos. Podemos argumentar que houve uma mudança no sentido do voto, que a diferença entre as opiniões é agora mais clara, ou que votou mais gente, mas nada altera o que está previsto para o instituto do referendo.
Embora tenha votado convictamente no SIM, manifestei desde o princípio a minha discordância quanto à participação dos partidos, enquanto tais, na campanha do referendo. Tinha razão quanto aos meus receios, pois fiquei furioso quando ouvi dirigentes partidários a reclamarem vitória após terem sido conhecidos os resultados.
A vontade popular, agora é apropriada por partidos e o assunto vira palco de guerras partidárias onde o que conta mais é o protagonismo que a discussão possa trazer às discussões na feitura e regulamentação das leis, que deviam apenas traduzir a opinião expressa.
Não me esqueço, não posso nem quero, que estes senhores e senhoras já podiam ter legislado neste sentido, pois manifestaram (os partidos) maioritariamente estar de acordo na despenalização das mulheres que abortam, tudo o resto era apenas o combate à ilegalidade do aborto clandestino e o bom senso de ajudar social e psicologicamente quem se vê perante o problema de optar pelo aborto como única solução.
No passado dia 11 fui votar no referendo por ser uma forma de participação directa onde, julgava eu, não estava a apoiar nenhum dos partidos, mas antes a tomar uma posição cívica manifestando a minha opinião favorável à despenalização do aborto, sobre a qual a AR não tinha legislado nesse sentido embora o pudesse ter feito.
Legalmente este referendo e o anterior, devido à abstenção não tiveram poder vinculativo, pelo que em termos estritamente legais a situação está exactamente como estava há vários anos. Podemos argumentar que houve uma mudança no sentido do voto, que a diferença entre as opiniões é agora mais clara, ou que votou mais gente, mas nada altera o que está previsto para o instituto do referendo.
Embora tenha votado convictamente no SIM, manifestei desde o princípio a minha discordância quanto à participação dos partidos, enquanto tais, na campanha do referendo. Tinha razão quanto aos meus receios, pois fiquei furioso quando ouvi dirigentes partidários a reclamarem vitória após terem sido conhecidos os resultados.
A vontade popular, agora é apropriada por partidos e o assunto vira palco de guerras partidárias onde o que conta mais é o protagonismo que a discussão possa trazer às discussões na feitura e regulamentação das leis, que deviam apenas traduzir a opinião expressa.
Não me esqueço, não posso nem quero, que estes senhores e senhoras já podiam ter legislado neste sentido, pois manifestaram (os partidos) maioritariamente estar de acordo na despenalização das mulheres que abortam, tudo o resto era apenas o combate à ilegalidade do aborto clandestino e o bom senso de ajudar social e psicologicamente quem se vê perante o problema de optar pelo aborto como única solução.
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Foto
Luxor, Egypt (map), 2002
Photograph by Nancy GuptonFrozen in time, a pink granite woman stands watch over an entrance to the enormous Temple of Amun at Karnak. Believed by some to be Ramses II's Queen Nefertari, the carving is part of a much larger colossus.Sprawling over about 250 acres (101 hectares) near the city of Luxor, the temple complex of Amun at Karnak is the largest ever built. It was rebuilt and adorned by generation after generation of pharaohs. The oldest remains found date to before 1600 B.C.
Photograph by Nancy GuptonFrozen in time, a pink granite woman stands watch over an entrance to the enormous Temple of Amun at Karnak. Believed by some to be Ramses II's Queen Nefertari, the carving is part of a much larger colossus.Sprawling over about 250 acres (101 hectares) near the city of Luxor, the temple complex of Amun at Karnak is the largest ever built. It was rebuilt and adorned by generation after generation of pharaohs. The oldest remains found date to before 1600 B.C.
Cartoon
Jogos perigosos
Petar Pismestrovic, Kleine Zeitung, Austria,
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Gostei de saber que não sou o único a votar branquinho por não confiar nos políticos nacionais. Atenção amigo, o resultado do referendo não agradou aos políticos e a adesão ao voto muito menos, por isso agora vão fazer um banzé à volta do assunto para que todos se esqueçam que tiveram uma palavra sobre o mesmo.
ResponderEliminarPartidocracia.
Políticos sequiosos de projecção, mas sem ideias, é o que mais há por aí. Engordam à nossa custa e não resolvem os nossos problemas.
ResponderEliminarAinda há quem se admire com saudosistas bolorentos que ainda não enterraram os seus mortos e os promovem à qualidade de heróis nacionais...