segunda-feira, janeiro 30, 2023
sexta-feira, janeiro 27, 2023
MANIAS DAS GRANDEZAS
Infelizmente para nós temos políticos com manias das grandezas, que umas vezes repetem a que somos um país pobre,pequeno e endividado, mas que às vezes se comportam como se estivéssemos a nadar em dinheiro.
Sei que estão à espera que vá falar dos altares para o Papa, mas estão enganados, os deslumbrados são mais, começando pelo Costa, passando pelo Medina e continuando pelo Moedas, e como se percebe as manias não conhecem cores partidárias.
Hoje estou a pensar no antigo ministro da Defesa, aquele que disse que Portugal ia enviar brevemente tanques para a Ucrânia e depois foi veio dar o dito por não dito. Pelos vistos João Gomes Cravinho desconhecia muita coisa no seu ministério, pois segundo algumas notícias, dos 37 tanques Leopard que Portugal tem apenas dois estão operacionais. Se não fosse triste até dava para rir...
quinta-feira, janeiro 19, 2023
INVESTIGADOS MAS COM DIFERENÇAS...
Marcelo Rebelo de Sousa não consegue deixar de lado o seu hábito de comentar tudo e mais alguma coisa, sempre em cima do acontecimento. Agora comentou o caso das buscas da PJ na Câmara de Lisboa sobre suspeitas de corrupção em que estaria eventualmente envolvido o actual ministro das Finanças, Fernando Medina.
Segundo a comunicação social Marcelo terá dito que "Investigação é isso apenas", e isso não implica necessariamente consequências de perda de mandato do cargo público.
Não discuto, quem sou eu para tal, os detalhes jurídicos deste caso, mas recuando uns dias apenas, recordo-me do caso da secretária de Estado da Agricultura, Clara Alves Pereira, que foi demitida com a anuência (activa?) do Presidente, porque teria umas contas conjuntas com o marido, arrestadas, e que está também a ser investigado (ela não está a ser investigada, tanto quanto se sabe), e aí Marcelo foi implacável, considerando que havia perda de autoridade política da dita.
Parece-me que o Presidente Marcelo não está a ser coerente e que está a segurar Fernando Medina por razões que só ele poderá dizer.
quarta-feira, janeiro 18, 2023
AS TRAPALHADAS E O QUESTIONÁRIO
domingo, janeiro 15, 2023
O PAÇO DE SINTRA II
A tentação
A tentação de atribuir um uso a cada sala deste palácio é compreensível e natural, contudo a utilização do mesmo durante vários séculos enquanto residência de Verão, torna a tarefa impossível, quer pelas obras ordenadas por diversos monarcas, quer pelos restauros resultantes de fenómenos naturais, ou mesmo degradação de espaços que obrigaram a obras de manutenção durante todo este tempo.
Falei anteriormente dos Aposentos de D. João I, mas podia falar também na antiga Sala de César, da Sala das Colunas, da Sala das Galés, ou até da Sala Manuelina, para mencionar apenas algumas das divisões mais conhecidas deste Paço Real.
Durante vários anos coube-me a tarefa de chefiar muitos jovens, e não só, que tinham por tarefa vigiar e informar (dentro dos seus conhecimentos) o público que visitava este palácio, por isso tentei sempre passar a mensagem de que as designações por que estavam indicadas as diversas salas se deviam à sua decoração, quer pelo mobiliário, peças decorativas móveis, ou mesmo fixas como pinturas de tectos ou azulejos.
Quem esteja por dentro da História deste palácio sabe que na década de 40 do século passado, e pela mão do Arq. Raúl Lino, foram efectuadas obras de restauro e de decoração dos espaços para os adequar às visitas do público, e como os recursos não eram muitos, recorreu-se a técnicas discutíveis, e a peças que estavam em depósito noutros locais ou adquiridas para o efeito.
Pessoalmente nada tenho contra quem procura associar certas utilizações aos espaços, em determinadas alturas, até porque isso implica trabalho de investigação sobre o assunto, mas devo salientar que essas atribuições não podem ser consideradas como únicas durante todo o tempo em que o Paço foi utilizado pela monarquia portuguesa.
(Este artigo poderá ter continuação, L. Conceição)
domingo, janeiro 08, 2023
O PAÇO DE SINTRA
O meu interesse por este palácio deriva do facto de lá ter trabalhado durante mais de 30 anos, e de ter procurado sempre ler tudo quanto a ele se refere e que esteja ao meu alcance. Durante todo o tempo que lá trabalhei, e mesmo depois, li e ouvi diversas teorias sobre o mesmo, geralmente de pessoas com habilitações que os qualificavam para as emitir, embora nem sempre fossem baseadas em factos indiscutíveis ou verificáveis.
Recordo-me perfeitamente da teoria relativa aos Aposentos de D. João I, de Custódio Vieira da Silva, plasmada num roteiro do monumento e secundada por todos o técnicos - superiores ao serviço na altura e referido até em teses universitárias (pelo menos de um deles), que os situavam ne zona onde se encontrava a então chamadas Sala Árabe e Quarto de Hóspedes.
A tese era pouco fundamentada e pretendia que existissem 3 câmaras ( e só existem duas) na horizontal, e curiosamente nunca considerou a hipótese das mesmas serem sobrepostas na vertical, e de estarem na torre existente nessa altura, e que consta das imagens de Duarte de Armas de 1507.
Na altura fiz notar a inconsistência da teoria mas as minhas credenciais eram muito inferiores às do mestre e doutor José Custódio Vieira da Silva, e por isso fui imediatamente ignorado.
(Este artigo poderá ter continuação, L. Conceição)