O meu interesse por este palácio deriva do facto de lá ter trabalhado durante mais de 30 anos, e de ter procurado sempre ler tudo quanto a ele se refere e que esteja ao meu alcance. Durante todo o tempo que lá trabalhei, e mesmo depois, li e ouvi diversas teorias sobre o mesmo, geralmente de pessoas com habilitações que os qualificavam para as emitir, embora nem sempre fossem baseadas em factos indiscutíveis ou verificáveis.
Recordo-me perfeitamente da teoria relativa aos Aposentos de D. João I, de Custódio Vieira da Silva, plasmada num roteiro do monumento e secundada por todos o técnicos - superiores ao serviço na altura e referido até em teses universitárias (pelo menos de um deles), que os situavam ne zona onde se encontrava a então chamadas Sala Árabe e Quarto de Hóspedes.
A tese era pouco fundamentada e pretendia que existissem 3 câmaras ( e só existem duas) na horizontal, e curiosamente nunca considerou a hipótese das mesmas serem sobrepostas na vertical, e de estarem na torre existente nessa altura, e que consta das imagens de Duarte de Armas de 1507.
Na altura fiz notar a inconsistência da teoria mas as minhas credenciais eram muito inferiores às do mestre e doutor José Custódio Vieira da Silva, e por isso fui imediatamente ignorado.
(Este artigo poderá ter continuação, L. Conceição)
Um palácio que só conheço por fora, apesar do tempo que trabalhei em Sintra.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Olhe que vale a pena visitar o mais antigo Paço Real português...
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