A falta de pessoal de vigilância
dos museus, monumentos e palácios vem de longe, originou diversas greves e
parece que ninguém prestou atenção ao problema. O nível etário dos que ainda
trabalham nessas funções em equipamentos do nosso Património foi aumentando e
agora estamos perante dois factos absolutamente naturais, que são a aposentação
de muitos e as baixas de outros.
Há tempos houve que me viesse
desmentir falando da abertura de alguns concursos, mas quando se perguntou quantos
desses admitidos ainda estavam em funções, ninguém veio apresentar os números.
É reconhecidamente difícil fixar alguém nessas funções, quer pelos baixos
salários praticados, quer pelos horários exigentes sem nenhuma contrapartida de
qualquer tipo.
É simplesmente discriminatório
que hajam Assistentes Técnicos que não têm oficialmente dias de descanso semanal
fixo, o que os prejudica até na atribuição de férias, e sem qualquer pagamento
extra por trabalho aos sábados e domingos, enquanto outros funcionários com a
mesmíssima categoria têm sábados e domingos como dias fixos de descanso semanal
e auferem como trabalho extraordinário o praticado nesses mesmos dias. O que
acontece é que quem entra para funções de vigilância depressa muda de serviço
para outras funções com melhores horários e possibilidade de progressão nas
carreiras, que nos museus não existem.
A falta de pessoal nestas funções
é da exclusiva responsabilidade dos directores, da DGPC e do Ministério da
Cultura, que deixaram a situação chegar a este extremo, mesmo num monumento
como o abaixo retratado que foi recentemente classificado pela UNESCO.
Tenham vergonha!
Quando não há concursos a arbitrariedade é absoluta.
ResponderEliminarKokuana