Quando se ouve Manuela Ferreira
Leite atacar veementemente um possível aumento igual para todos os funcionários
públicos, percebe-se que há quem continue a ter um discurso bonito
(politicamente correcto) quando fala do aumento do salário mínimo, mas defenda
com unhas e dentes uma desigualdade salarial cada vez maior.
Os argumentos usados por Manuela
Ferreira Leite são tão fáceis de rebater que até nem é preciso ser-se
economista para os desmontar. No caso dum aumento de igual montantes para todos
as diferenças salariais manter-se-iam, continuando a existir a estrutura
actual, ao contrário de qualquer aumento percentual em que as diferenças entre
as posições salariais iriam fatalmente aumentar, beneficiando quem mais ganha.
A posição de Manuela Ferreira
Leite, e de mais alguns bem instalados, não é socialmente defensável, e ainda o
é menos quando a isto se junta a descida do IRS (de que se fala), que
igualmente é mais favorável para quem mais ganha, pois também aí se usa uma
fórmula percentual.
Qualquer Governo que queira ser
justo, numa altura em que os salários mais baixos, já não garantem uma vida
condigna aos seus funcionários, ou aumenta todos por igual, ou então reserva os
aumentos para os que ganham abaixo do valor médio da estrutura salarial, com
fórmulas percentuais decrescentes, conforme o valor dos salários aumenta.
Os políticos são todos iguais.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim-de-semana