sexta-feira, outubro 05, 2018

OS DEFENSORES DO AUMENTO DAS DESIGUALDADES


Quando se ouve Manuela Ferreira Leite atacar veementemente um possível aumento igual para todos os funcionários públicos, percebe-se que há quem continue a ter um discurso bonito (politicamente correcto) quando fala do aumento do salário mínimo, mas defenda com unhas e dentes uma desigualdade salarial cada vez maior.




Os argumentos usados por Manuela Ferreira Leite são tão fáceis de rebater que até nem é preciso ser-se economista para os desmontar. No caso dum aumento de igual montantes para todos as diferenças salariais manter-se-iam, continuando a existir a estrutura actual, ao contrário de qualquer aumento percentual em que as diferenças entre as posições salariais iriam fatalmente aumentar, beneficiando quem mais ganha.


A posição de Manuela Ferreira Leite, e de mais alguns bem instalados, não é socialmente defensável, e ainda o é menos quando a isto se junta a descida do IRS (de que se fala), que igualmente é mais favorável para quem mais ganha, pois também aí se usa uma fórmula percentual.


Qualquer Governo que queira ser justo, numa altura em que os salários mais baixos, já não garantem uma vida condigna aos seus funcionários, ou aumenta todos por igual, ou então reserva os aumentos para os que ganham abaixo do valor médio da estrutura salarial, com fórmulas percentuais decrescentes, conforme o valor dos salários aumenta.



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