Estava a ler um artigo num jornal online sobre “as profissões que provocam mais divórcios” e fiquei admirado por
não encontrar entre os 21 exemplos, os vigilantes de museus.
Talvez consiga perceber isso pelo
facto de não existir, de facto, uma profissão de vigilante de museus, porque
nestes dias estão integrados numa carreira geral da função pública, com a
categoria de assistentes técnicos, ainda que com direitos diminuídos,
nomeadamente nos horários, regulados por um simples despacho que pretende
sobrepor-se à legislação sobre horários da função pública para as carreiras
comuns.
As explicações para as profissões
referidas pelo jornal como causadoras de divórcios, são coerentes, e entre elas
estão precisamente os baixos salários, a dificuldade em lidar com
clientes/utentes que é difícil (muito mais quando a oferta é deficiente), e
pelo trabalho ao fim-de-semana, no caso dos vigilantes de museu, sem qualquer
remuneração diferenciada, ao contrário do que acontece com todos os outros
assistentes técnicos, que em caso de trabalho nesses dias têm direito a
remuneração diferenciada.
Vamos ver se com uma nova
ministra da Cultura alguma coisa muda, e se deixam de discriminar estes
trabalhadores que apenas parecem servir como saco de pancada, e bodes
expiatórios de quase tudo o que corre mal nos museus.
Não podemos perder a esperança.
ResponderEliminarAbraço e uma boa semana
Já expôs o problema ao seu sindicato?
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