segunda-feira, outubro 15, 2018

VIGILANTE DE MUSEUS, PROFISSÃO SIMPLESMENTE IGNORADA


Estava a ler um artigo num jornal online sobre “as profissões que provocam mais divórcios” e fiquei admirado por não encontrar entre os 21 exemplos, os vigilantes de museus.

Talvez consiga perceber isso pelo facto de não existir, de facto, uma profissão de vigilante de museus, porque nestes dias estão integrados numa carreira geral da função pública, com a categoria de assistentes técnicos, ainda que com direitos diminuídos, nomeadamente nos horários, regulados por um simples despacho que pretende sobrepor-se à legislação sobre horários da função pública para as carreiras comuns.

As explicações para as profissões referidas pelo jornal como causadoras de divórcios, são coerentes, e entre elas estão precisamente os baixos salários, a dificuldade em lidar com clientes/utentes que é difícil (muito mais quando a oferta é deficiente), e pelo trabalho ao fim-de-semana, no caso dos vigilantes de museu, sem qualquer remuneração diferenciada, ao contrário do que acontece com todos os outros assistentes técnicos, que em caso de trabalho nesses dias têm direito a remuneração diferenciada.

Vamos ver se com uma nova ministra da Cultura alguma coisa muda, e se deixam de discriminar estes trabalhadores que apenas parecem servir como saco de pancada, e bodes expiatórios de quase tudo o que corre mal nos museus.



2 comentários:

  1. Não podemos perder a esperança.
    Abraço e uma boa semana

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  2. Já expôs o problema ao seu sindicato?

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