A polémica em torno dos
rendimentos dos novos administradores da CGD não pode ser considerada
populismo, como pretende José Gomes Ferreira, mas sim uma exigência de
transparência por parte de quem foi nomeado para gerir o banco público.
As questões de confiança dos
mercados e outras do léxico dos economistas cá do burgo, não passam de ameaças
(pouco) veladas do poder económico, que pretende ignorar a legislação nacional
e o dever de transparência exigido a quem se propõe desempenhar um cargo numa
empresa detida por capitais públicos.
Se o Governo se permitiu a
prometer a esta administração um estatuto de excepção, errou redondamente, e
terá culpas no cartório, mas também é certo que se a administração nomeada exigiu
essas excepções, também merece esta rejeição por parte dos cidadãos e dos
partidos políticos.
Quem semeia ventos colhe
tempestades, é um ditado popular, e não populismo.
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