É simplesmente ridículo ler
frases do comentador que acha que é inconstitucional cortar salários
contratados, por não ser possível retroactividade da lei, no que se refere aos
administradores da Caixa Geral de Depósitos, quando no passado aplaudiu os
cortes nos salários dos funcionários públicos. Nesta questão os pormenores são
lixados, porque enquanto os funcionários públicos têm contrato com a entidade
patronal, o Estado, os administradores nomeados para a CGD não o têm, por muito
que se queira esconder o facto.
Também é penoso ler outro artigo,
de outra comentadora, dizendo que este é”o Orçamento dos funcionários públicos
e de (alguns) pensionistas. Diz a senhora que “é um problema puro de clientela”
e que o governo terá de “manter os bolsos cheios dos que garantiram as
vitórias eleitorais”.
Pobre senhora, que parte do
princípio que a situação que o país atravessa é dos funcionários públicos, esquecendo-se
duma certa classe política e duns quantos banqueiros e gestores bancários, que
pelos vistos foram uns grandes beneméritos. Vai mais longe a senhora dizendo
que “a governação devia assumir que os cortes salariais da era da troika eram
definitivos”.
As contradições destes, e de
outros comentadores do estilo, são evidentes e nem merecem uma classificação,
porque teria que pecar por defeito, por razões de educação, mas há uma frase
que vem mesmo a calhar: “pimenta no cu dos outros é refresco”.
Termino com a pergunta: será que os funcionários públicos são portugueses de segunda?
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