Em Portugal temos diversos
problemas no que diz respeito ao trabalho, à produtividade, às qualificações e
ao desemprego.
Em geral os governos e os
empresários olham para estes problemas com uma preocupação de muito curto prazo,
e pedem ou implementam soluções que visam a poupança imediata, sem qualquer
visão do futuro a médio e longo prazo, o que tem sido prejudicial para todos e
tem gerado tensões desnecessárias.
O Estado e muitas empresas de
grande e média dimensão, têm quadros demasiadamente envelhecidos, sendo mais os
que estão em fim de carreira do que os que dão nela os primeiros passos. A
experiência é muito importante em todas as actividades, mas a inovação e a
necessidade de afirmação das novas gerações é o combustível para a renovação.
Enquanto as grandes empresas
estrangeiras preferem facilitar as rescisões voluntárias dos seus funcionários
mais velhos e com mais anos de serviço, arcando com os encargos dessas saídas,
até à idade de reforma com todos os direitos, por cá dificultam-se e
penalizam-se as saídas de pessoas com grandes carreiras contributivas, como se
isso fosse benéfico para a Segurança Social.
Encontrar o equilíbrio entre a
experiência e a juventude é um processo difícil e controverso, mas ter uma juventude
qualificada desempregada, e trabalhadores em fim de carreira, com saúde muitas
vezes frágil, quantas vezes já desmotivados e a contar os dias para a reforma,
não será a melhor política laboral.
É óbvio que o ónus da mudança não
pode ficar apenas para o Estado e para a Segurança Social, porque os próprios
empregadores que também são beneficiários desta mudança, também devem
contribuir para cobrir os encargos que daí possam advir, na renovação dos seus
quadros.
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