sábado, abril 09, 2016

E AGORA QUE POLÍTICA CULTURAL?



João Soares foi um evidente erro de casting deste governo, porque não era obviamente uma primeira escolha, não tinha o perfil necessário para ministro, e por último, não conhecia convenientemente o sector.
Todos sabíamos, e António Costa também, que JS é um personagem truculento, não tinha nem anunciou qualquer plano estruturado para a Cultura, e mostrou desconhecer o sector, principalmente a área do Património.

O episódio das “salutares bofetadas” escancarou perante todos a falta de perfil para governante, e foi apenas mais um episódio do modo como pretendia resolver divergências. O caso anterior, o da demissão de António Lamas do CCB, já tinha sido elucidativo pelo modo rude como a divergência de opiniões foi tratada.

O mais grave de tudo foram os estragos já causados, pois o abandono do Plano Belém-Ajuda, acabou com a possibilidade de se implementar um plano que já tinha sido bem sucedido em Sintra, e não foi apresentada nenhuma alternativa para dinamizar a zona. Em consequência desse caso até o que se tinha criado em Sintra com a Parques de Sintra foi colocado em causa, e não se augura nada de bom para o futuro dessa empresa, com as mudanças no seu funcionamento, impostas pela tutela maioritária.

Um novo ministro podia ser uma lufada de ar fresco, mas era útil que tivesse um plano para a Cultura, em particular para o Património, pois é daí que saem boa parte das verbas que sustentam a conservação do mesmo Património, que é também uma área responsável por atrair muito turismo, que é hoje uma das âncoras da nossa economia. Ajudava também que fosse uma pessoa ponderada e de diálogo, como convém para uma pasta como a da Cultura...



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