Os dados do INE confirmam que a
poupança dos portugueses atingiu um dos níveis mais baixos de sempre, o que fez
soar alarmes no ministério das Finanças.
Neste momento gastam-se 96% do
rendimento disponível, e o consumo sobe com recurso ao crédito bancário, o que
torna a balança de pagamentos deficitária, porque se importa mais do que se
exporta.
Quem ouvisse o inefável
Montenegro na televisão poderia julgar que agora o país está melhor, e que os
portugueses também já o sentem.
Os números isolados podem ser
ilusórios, mas em conjunto não dão aso a enganos. O consumo aumentou, e a
economia avançou, mas isto aconteceu à custa de endividamento, porque os
portugueses não têm dinheiro disponível, exactamente porque auferem ordenados demasiado
baixos.
O consumo aumentou porque existem
bens que têm o seu tempo de vida relativamente curtos, como electrodomésticos,
viaturas automóveis, maquinaria, e têm que ser substituídos. Outro factor do
aumento do consumo foi o aumento do turismo, que naturalmente aumenta o
consumo, ainda que não seja feito por nacionais.
Como poupar se não há rendimento
disponível depois de serem satisfeitas as necessidades prementes duma vida
digna? Como haverá poupança por parte dos grandes grupos se os seus domicílios
fiscais são em paraísos fiscais, ou noutras praças que não se importam de
cobrar menos a empresas que têm os seus negócios noutras paragens?
O povo está cada vez mais teso, os governantes cada vez mais governados...
ResponderEliminarBjo da Sílvia
http://expresso.sapo.pt/legislativas2015/2015-09-25-Sondagem.-PS-e-coligacao-separados-por-05-pontos
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