Foi sem surpresa que li a notícia
do Jornal i onde a segurança do Museu Nacional dos Coches é arrasada, e onde
são expostas algumas das fragilidades mais visíveis para o grande público e,
logicamente para a jornalista que escreveu o artigo.
O Museu dos Coches não passava
numa inspecção séria feita aos meios físicos dos requisitos indispensáveis para
o funcionamento dum equipamento aberto ao grande público. Só o facto do acesso
à exposição ser exclusivamente feito por meios mecânicos (dois elevadores), era
o bastante para não ter autorização de funcionamento, note-se que as escadas
normalmente utilizadas são as de emergência.
Pior do que a insuficiência ou a
inadequação de diversos equipamentos, neste e noutros museus, palácios e monumentos,
existem outras lacunas pouco conhecidas, mas que fazem perigar a segurança do
público destes locais, sendo que o mais grave é a falta de formação do pessoal
para situações de emergência, e isso está previsto na lei.
Quando visitamos um museu, um
palácio ou monumento, encontramos pessoal que nos encaminha ou vigia os
espaços, mas desconhecemos qual o vínculo laboral que têm e qual a formação que
lhes foi dada para responder a situações de emergência. Por vezes vemos umas
plantas para estas situações, noutras nem isso, mas podem crer que os
funcionários, muitos deles contratados a prazo, ou com recibos verdes, ou ainda
estagiários, não sabem como responder em situações de emergência.
Falar na falta de atenção da ASAE e das inspecções do
trabalho no caso destes equipamentos culturais é pouco mais do que uma
redundância.
A precariedade de funcionários e de seguranças, bem como a alta rotatividade dos mesmos não permite assegurar grandes conhecimentos para atender a emergências. Desconhecia o facto de não ser feita formação para as emergências, porque quando estagiei num palácio (há 14 anos)essa foi-me dada pelo encarregado dos guardas, que foi um grande formador e que me ensinou a gostar de conhecer monumentos e museus.
ResponderEliminarBjo da Sílvia
ultima hora
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