segunda-feira, janeiro 05, 2015

A DOENÇA DA SAÚDE



No dia seguinte ao Natal passado escrevi um post com o título “a saúde está muito doente” onde referi esperas por atendimento nos hospitais de cerca de 24 horas, depois disso surgiram casos de espera igualmente estranhos noutros hospitais, e até pelo menos dois casos de pessoas que morreram nas urgências sem sequer terem sido atendidas.

Uma situação destas, que revela carências de pessoal médico e não só, numa altura em que emigram profissionais de saúde todos os dias, atingindo números nunca vistos, tem que ter explicações lógicas e certamente culpados.

Pelo que se soube pela comunicação social a dificuldade em contratar médicos para o final do ano prendia-se com os baixos valores hora oferecidos pelas empresas de prestação de serviços, o que revela a evidência de falta de pessoal efectivo nas unidades de saúde, e com os valores baixos oferecidos aos prestadores de serviços.

Sendo sobretudo um problema de recursos humanos e de salários, então é evidente que temos um Ministério da Saúde que não funciona como deve ser, e que estamos portanto com um problema essencialmente político.

Quando estamos perante uma doença o seu diagnóstico é uma necessidade, e neste caso a doença é da política seguida neste sector, que não pode ser gerido como uma qualquer mercearia, onde os stocks podem ser reduzidos ao mínimo, porque a saúde não é um negócio, porque aqui o que está em causa não são pacotes de bolachas ou latas de atum, mas sim vidas de portugueses, que deviam estar acima de tudo o resto.  



2 comentários:

  1. Urgente são as eleições antecipadas

    novo governo com novas políticas

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  2. O facto é que Passos, Portas e o reformado de Boliqueime ficam muito aliviados quando sabem que há todas as hipóteses de serem mais umas reformas a não terem que ser pagas, por exemplo.

    Bom Dia de Reis

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