Sou um crítico de Miguel Sousa
Tavares, que leio e vejo semanalmente, em jornais e na televisão, e confesso
que me é difícil concordar com ele na maioria das suas opiniões políticas.
Esclarecido o meu posicionamento,
não venho falar da trapalhada dos prémios Nobel ganhos por portugueses, mas sim
do facto do comentador ter vindo dizer que foi sempre “monotonamente, qualquer
coisa próxima da social-democracia – mas uma social-democracia a sério, como a
que conheceu nos países nórdicos, nos anos 80”.
Tenho fortes reservas que M.S.T.
esteja a falar a sério, pois é um homem demasiado” amargo”, para ser tocado por
países que estão entre os mais felizes do mundo. Bem sei que fala nos anos 80,
mas nessa altura países como a Dinamarca, Suécia e Noruega eram bastante mais
socialistas do que são nos nossos dias.
Estou a imaginar o que diria este
comentador sobre o tamanho, e peso, do Estado na economia desses países,
atendendo ao que diz do nosso Estado. Sobre os impostos que incidem sobre os cidadãos,
para sustentar o Estado social, devia ser uma coisa interessante descobrir o
que diria.
Claro que tinha uma fuga mais do
que óbvia, dizendo que o Estado lá é melhor e dá um retorno melhor aos
cidadãos, mas aí chegamos ao fulcro da questão: a grande diferença está nas
classes dirigentes e nos dirigentes partidários que têm passado pelos governos,
e isso não é coisa que ele venha denunciar, preferindo destilar o seu fel
contra os funcionários públicos, que nunca decidiram nada, apenas executam o
que os políticos determinam.
Os problemas da nossa sociedade
não estão cá por baixo, como M.S.T. nos quer fazer crer, mas bem lá em cima,
nas elites, onde ele se movimenta e com as quais é brando em geral.
OEsse gajo é uma besta que só gosta de se ouvir e que deve ter um trauma com a função pública, quem sabe se foi alguma vez rejeitado...
ResponderEliminarBjo da Sílvia
Boa malha
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