O secretário de Estado da Cultura
decidiu fazer uma prova de vida anunciando que vai terminar o Palácio da Ajuda,
usando uma verba de 4,4 milhões de euros, provenientes do seguro referente ao
roubo das joias da Coroa numa exposição na Holanda há alguns anos.
Esta notícia até podia ser digna
de aplauso se anunciada no princípio do mandato deste governo, mas agora isto
soa a propaganda. O SEC não teve qualquer acção relevante na protecção do
Património construído, e já teve tempo para isso.
Jorge Barreto Xavier pretende
atirar os 4,4 milhões de euros, para cima duma única obra, quando já anunciou
que o governo pretende criar uma empresa pública para manter e explorar o
conjunto monumental da zona de Belém e da Ajuda.
O projecto é demasiado importante
e caro para ficar sob alçada de Xavier Barreto, e a revitalização do Palácio da
Ajuda só pode ser uma realidade rentável com o suporte dos monumentos de Belém,
onde também vai ser preciso muito dinheiro, e visão, para sustentar o novo
Museu dos Coches, o Museu de Arte Popular, ou o Museu de Arqueologia, para
falar apenas de alguns.
Cuidar e proteger o Património é
uma tarefa complexa onde a maioria do trabalho é composto de pequenas e médias
intervenções, e dirigido por equipas coesas, competentes e dedicadas, que são
difíceis de formar.
Este bando foi a pior praga que as eleições já colocaram no Poder!!!
ResponderEliminarTudo de bom
O segredo é manter antes de conservar e ainda muito antes de ter que restaurar. O princípio é fácil de entender mas os decisores têm alguma dificuldade em perceber a lógica, devido ao seu distanciamento da realidade.
ResponderEliminarBjo da Sílvia