sexta-feira, novembro 07, 2014

CONVERSAS DE CAFÉ



Ontem à noite a conversa no café era sobre o aumento dos descontos para a ADSE e outros subsistemas de saúde do Estado, que desde Junho passaram de 2,5% para 3,5%.

Como já vem sendo habitual a divisão entre funcionários públicos e trabalhadores do privado ficou mais ou menos clara, como resultado duma campanha constante e agressiva por parte da classe dirigente, ultraliberal.

Foi interessante ouvir o único reformado do grupo alertar o pessoal de que este aumento de descontos para os funcionários públicos e o facto do Estado deixar de contribuir para a ADSE, abre o caminho para a privatização dos serviços de saúde e para a entrada das seguradoras no sector e a consequente dispensa de descontos por parte das entidades empregadoras para prover cuidados de saúde aos seus funcionários.

Longe vai o tempo em que alguém podia ficar descansado enquanto via as barbas do vizinho a arder. Agora as coisas andam muito depressa, e se hoje são os funcionários públicos a pagar para terem direito a cuidados de saúde, num futuro muito próximo serão todos os que trabalham no provado a ter que o fazer, e o Estado arcará só com a saúde dos indigentes, com serviços de muito baixa qualidade.

Logo depois fez-se silêncio e todos perceberam a pergunta que ele nos deixou: será que é isso que os portugueses querem?



3 comentários:

  1. Este governo tem conseguido desunir o povo e tem conseguido lixar todos, mas o povo terá que acordar.
    Bjo da Sílvia

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  2. Irrita-me o comportamento inqualificável da quadrilha de Passos, que se apoderou do Poder através de mentiras e calúnias.

    Porém, consegue irritar.me ainda mais a passividade bovina da maior parte do povo português!!!!!

    Bom serão

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  3. O presente já é duro mas adivinha-se um futuro próximo muito cruel. E os seguros de saúde, sei do que falo, não são nada dóceis. Bjo

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