Maria Amélia Luísa Helena de
Orleães nasceu a 28 de Setembro de 1865 em Twickenham, Inglaterra. D. Amélia
era a filha primogénita de Luís Filipe, conde de Paris (neto do último rei de
França) e de Maria Isabel de Orleães- Montpensier, infanta da Espanha, filha do
duque Antonio de Montpensier.
Casou com o rei português, D.
Carlos, em 1886. Vinda de França de comboio, chegou à Pampilhosa a 18 de Maio
de 1886, onde terá descido com o pé esquerdo, segundo rezam os relatos. O
casamento realizou-se no dia 22 de Maio na igreja de S. Domingos.
Até 1889 o casal real residiu no
Palácio de Belém, onde nasceram os três rebentos: D. Luís Filipe, D. Maria e D.
Manuel.
Senhora de uma educação esmerada
dedicou parte da sua vida a causas humanistas, como a criação de sanatórios,
lactários, cozinhas económicas e creches. Algumas das suas obras mais
conhecidas são as fundações do Instituto de Socorros a Náufragos, do Instituto
Câmara Pestana, da Assistência Nacional aos Tuberculosos e o Museu dos Coches Reais,
que só tem rival na da antiga corte russa.
D. Amélia e D. Carlos receberam,
na sua residência do Paço de Sintra, personalidades das mais importantes da
época como o imperador Guilherme II da Alemanha, o rei Afonso XIII de Espanha,
a rainha Alexandra de Inglaterra, e o Presidente da República Francesa Emílio
Loubet.
D. Amélia gostava de pintar de
desenhar, sendo bem conhecida a sua colecção de desenhos do Paço de Sintra.
No dia 1 de Fevereiro de 1908, a
carruagem em que seguia a família real foi atacada a tiro por dois homens,
Manuel Buíça e Alfredo Costa, resultando deste atentado a morte do rei D.
Carlos e do herdeiro D. Luís Filipe.
Após o regicídio, D. Amélia
apoiou o seu filho D. Manuel II, que subiu ao trono com apenas 19 anos de
idade.
Com a Revolução de 5 de Outubro
de 1910, D. Amélia exilou-se em Inglaterra e depois em França, onde viria a
falecer a 25 de Outubro de 1951, com 86 anos de idade. Logo após o fim da II
Guerra (1945), a rainha ainda veio a Portugal, visitando Fátima e todos os
lugares a que se sentia ligada, excepto Vila Viçosa.
A última rainha de Portugal está sepultada no Panteão
dos Braganças, no Mosteiro de S. Vicente de Fora, em Lisboa.
ResponderEliminarDona Amélia foi uma rainha corajosa, trabalhadora e uma mulher infeliz.
Quantas "belas histórias" tem nossos patricios portugueses?
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