Porque nós não sabemos, pois não? Toda a gente sabe. O que faz as coisas acontecerem da maneira que acontecem? O que está subjacente á anarquia da sequência dos acontecimentos, às incertezas, às contrariedades, à desunião, às irregularidades chocantes que definem os assuntos humanos? Ninguém sabe, professora Roux. «Toda a gente sabe» é a invocação do lugar-comum e o inimigo da banalização da experiência, e o que se torna tão insuportável é a solenidade e a noção da autoridade que as pessoas sentem quando exprimem o lugar-comum. O que nós sabemos é que, de um modo que não tem nada de lugar-comum, ninguém sabe coisa nenhuma. Não podemos saber nada. Mesmo as coisas que sabemos, não as sabemos. Intenção? Motivo? Consequência? Significado? É espantosa a quantidade de coisas que não sabemos. E mais espantoso ainda é o que passa por saber.
Philip Roth
Estamos cercados por “corpos escuros” poderemos ser atingidos por infinitos corpos celestes menos pela verdade dos homens. Ainda bem que conheci a “Dália” antes do fim do mundo em 2012.
ResponderEliminarUm texto admirável...pois de fato...nada sabemos...
ResponderEliminarBS
Excelente texto!
ResponderEliminarDe facto esse é o grande problema, de facto nada sabemos,
mas todos têm a mania que sabem tudo!...
Há algum tempo que não vinha cá.
Gosto da Dália - linda flor!
Obrigado pelas visitas que fazes aos meus blogues.
Ando muito entusiasmada com o meu novo blog:
"Os meus pensamentos"
onde mostro a bela poesia de LYA LUFT que descobri recentemente e estou rendida.
Aqui vai um excerto:
Lembro-me de ti
Nesse instante absoluto,
A vida conduzida por um fio de música.
Intenso e delicado, ele vai-nos fechando num casulo
Onde tudo será permitido
Bom fim de semana.
Beijos