A actual situação económica na Europa veio tornar mais claras algumas ideias sobre a economia propriamente dita, e também sobre os políticos da actualidade. A economia, está visto, não pode ser deixada em roda livre e sem controlo, sob pena de chegarmos a situações de excesso como a que se verificou. Os políticos, por sua vez, não falam verdade quando grandes crises, como a actual, acontecem debaixo das suas barbas, porque não querem assumir responsabilidades, nem atribuí-las, por falta de eficácia dos seus governos.
A primeira tentativa de resolução desta crise partiu dos EUA, e visava a compra dos “créditos tóxicos” (vulgo incobráveis) por parte do Estado, para permitir o normal funcionamento das empresas financeiras. Não foi aprovado, nem resultaria como se viu, porque na realidade eram quase impossíveis de se contabilizar, e ninguém estava disposto a tornar pública a verdade.
Na Europa, cujos governos de início vieram a terreiro afirmar que a crise era apenas aguda do outro lado do Atlântico, chegou-se à conclusão que afinal por cá também havia uma crise financeira de dimensão idêntica à dos EUA. Para os cépticos aconselho que somem apenas os montantes das garantias dadas pelos governos europeus e facilmente chegarão a um número fantástico.
Embora agindo de forma concertada, eles assim o disseram, os países europeus, tiveram formas diferentes de abordar o mesmo problema. Os ingleses não hesitaram em nacionalizar bancos, os restantes ficaram-se pelas garantias estatais aos empréstimos interbancários, deixando para o fim a possibilidade de procederem a nacionalizações. Todos, ou quase todos, os que se interessam por economia, e não estão enfeudados a interesses políticos e económicos, concordam que Gordon Brown agiu melhor que os seus parceiros, não só porque sossega mais os contribuintes no que toca ao retorno vantajoso do dinheiro público envolvido nesta operação, mas também porque assim dá ao Estado instrumentos mais eficazes para fiscalizar no futuro a actividade bancária, para poder evitar situações deste tipo.
Em mim está implantado um descrédito incomensurável. Não é de hoje nem de ontem.Espero que haja quem tenha lucidez e força para pôr travão nesta bola de neve de proporções inimagináveis onde todos estamos envolvidos.
ResponderEliminarBem-hajas!
Os políticos mostram sempre, em situações destas a quem devem vassalagem.
ResponderEliminarLol
AnarKa
o capitalismo como o conhecemos morreu, por cá o funeral custa 20 mil mihlões.
ResponderEliminarO Goraz é eloquente, com mais umas transfusões they are back in business.
ResponderEliminarTudo voltará a ser como antes, porque há quem pague a factura.
Bjos da Sílvia
Excelente análise.
ResponderEliminarEmbora entenda a necessidade de colocar freio no desalabro, sob pena de aquilo vir a ser tipo efeito de dominó, não se pode deixar de atentar que, neste caso, todos foram unânimes em salvar o Capital.
Desde os fervorosos "neo-cons" americanos aos mais liberais dos trabalhistas ingleses.
Sintomático!
lol... excelentes cartoons!
ResponderEliminarGuardião
ResponderEliminarOnde está a verdade? Quem a conhece? Que obscuros interesses servem as soluções?
Abraço