Neste sábado o Editorial do Expresso veio confirmar o que já tinha sido dito na blogosfera, a comunicação social está cada vez mais alinhada. Com o título simples «Museus» o editorial atacava dois directores de museus por se queixarem da falta de dinheiro, de falta de gente e do organismo que os tutela, terminando com a frase, “com directores tão motivados não espanta que se transformem (os Museus) em autênticos túmulos, com a arte enterrada sete palmos abaixo da terra”.
Não é habitual ouvir-se da boca de responsáveis de serviços do Estado, referências aos constrangimentos no funcionamento das unidades que dirigem, por muitos é até considerado politicamente incorrecto este procedimento, mas quando é um retrato perfeito da realidade é um acto de coragem e um desafio saudável à tutela política de que dependem.
Nos Museus, Palácios e Monumentos tem-se pedido apenas o essencial para o regular funcionamento dos serviços, para que as energias se possam voltar para as actividades de investigação, manutenção e divulgação do Património. No próprio semanário em questão é notícia (pequenina) de 1ª página a admissão de 500 vigilantes para assegurar a abertura dos serviços durante o Verão, facto que demonstra o estado depauperado em que se encontram os quadros do pessoal destas instituições. Terá o autor do Editorial a noção de que, neste momento, não existem sequer 500 vigilantes nos quadros destes serviços, para aquilatar o grau das dificuldades?
Em Portugal quase que é considerado crime dizer-se que não há condições para se desempenhar na plenitude uma função, especialmente em serviços da Administração Pública, porque se instituiu, parece que por decreto do governo e da comunicação social, que só há preguiçosos, incompetentes e funcionários a roçar o traseiro pelas paredes. A verdade, nem sempre é essa, e afirmar isso na praça pública, pelo menos para o editorialista deve ser um crime de lesa-majestade.
O Expresso errou o alvo, por muito! Pode procurar muito acima, que encontrará o que não buscou com empenho ...
Não é habitual ouvir-se da boca de responsáveis de serviços do Estado, referências aos constrangimentos no funcionamento das unidades que dirigem, por muitos é até considerado politicamente incorrecto este procedimento, mas quando é um retrato perfeito da realidade é um acto de coragem e um desafio saudável à tutela política de que dependem.
Nos Museus, Palácios e Monumentos tem-se pedido apenas o essencial para o regular funcionamento dos serviços, para que as energias se possam voltar para as actividades de investigação, manutenção e divulgação do Património. No próprio semanário em questão é notícia (pequenina) de 1ª página a admissão de 500 vigilantes para assegurar a abertura dos serviços durante o Verão, facto que demonstra o estado depauperado em que se encontram os quadros do pessoal destas instituições. Terá o autor do Editorial a noção de que, neste momento, não existem sequer 500 vigilantes nos quadros destes serviços, para aquilatar o grau das dificuldades?
Em Portugal quase que é considerado crime dizer-se que não há condições para se desempenhar na plenitude uma função, especialmente em serviços da Administração Pública, porque se instituiu, parece que por decreto do governo e da comunicação social, que só há preguiçosos, incompetentes e funcionários a roçar o traseiro pelas paredes. A verdade, nem sempre é essa, e afirmar isso na praça pública, pelo menos para o editorialista deve ser um crime de lesa-majestade.
O Expresso errou o alvo, por muito! Pode procurar muito acima, que encontrará o que não buscou com empenho ...
Colaboração do Palaciano
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Um "Boooo!" bem forte contra o Expresso. Há muito tempo que não o leio, porque não tenho dinheiro para o comprar, mas quando o comprava, sempre o achei muito comprometido com o seu Big Boss, o Balsemão, embora quisessem dar a entender o contrário. Agora, a direcção mudou e, pelos vistos, para bastante pior...
ResponderEliminarO caso dos 500 vigilantes que nem sequer existem é basilar de como se pode mistificar a realidade. Atacar os directores dos museus pela sua frontalidade é, no mínimo, indecente!
Agora, pergunto-me: qual o propósito de um Editorial deste género? O que é que se pretende defender? Uma espécie de impunidade do governo? O próprio governo, já de si tão "democrático"?
Um abraço amigo
A visão de "dentro" colide com a informação que decorre das nptícias da comunicação social. É bom haver um espço como este que coloque as coisas no seu devido lugar. A informação veiculada pela comunicação social também tem constrangimentos, de meios, de profissionais que não dependam de contratos de tarefa ou a prazo e de liberdade para investigar a fundo as questões que são comentadas. Isto digo eu, que sei do que falo.
ResponderEliminarBjos
A coragem de denunciar o que está mal geralmente é premiada com um chuto no traseiro dos atrevidos, isto porque quem dirige se acha o mais inteligente e único no altar da competência. Pobre país que vive sob as ordens da soberba patetice destes tolos.
ResponderEliminarBom domingo