Enquanto lemos que Santos Silva “quer todos a lutar contra o jornalismo de sarjeta” também podemos dar um salto, e ler que Morais Sarmento diz “jornalistas têm a mania que não têm sexo político”. Pode-se afirmar que as notícias não são exactamente sobre o mesmo tema e que portanto as abordagens reflectem realidades diversas. Eu penso que estamos perante duas opiniões diferentes e ao mesmo tempo complementares.
Santos Silva, com a inteligência e o tacto político que se lhe conhece, aborda essencialmente o dever de auto-regulação dos jornalistas, mencionando alguns casos onde o código de ética e deontológico não foi respeitado, como a divulgação das identidades de menores vítimas de crimes sexuais e de delinquentes menores. A isto chama jornalismo de sarjeta, expressão de que não é autor, acrescentando que em alguns casos “as más condições de trabalho facilitam erros” dos jornalistas (embora não os justifiquem).
Morais Sarmento, a propósito da nomeação de Pina Moura para a administração da TVI, lança outra abordagem muito realista sobre a possível dependência ou influência dos diversos poderes, político e económico (patronal no caso), no que respeita aos jornalistas. Reconhece que o poder político sempre pretendeu, e pretende, exercer a sua influência sobre os jornalistas, e eu acrescentaria que o poder económico, os grupos que detêm os média, também não vêm com bons olhos críticas aos seus interesses o que condiciona naturalmente o trabalho dos jornalistas. Ao falar do caso de Espanha, mostra um exemplo do que é evidente, a assumpção clara duma ideia política por parte de cada órgão de comunicação social.
Abordagens diferentes sobre o jornalismo, mas interessantes, pois deviam ser alvo de reflexão por parte dos jornalistas, já que todos compreendemos que a isenção é um mito, porque todos temos opiniões próprias e somos todos dependentes de alguém que pode não gostar de tudo o que dizemos, com todas as consequências que daí podem advir.
Santos Silva, com a inteligência e o tacto político que se lhe conhece, aborda essencialmente o dever de auto-regulação dos jornalistas, mencionando alguns casos onde o código de ética e deontológico não foi respeitado, como a divulgação das identidades de menores vítimas de crimes sexuais e de delinquentes menores. A isto chama jornalismo de sarjeta, expressão de que não é autor, acrescentando que em alguns casos “as más condições de trabalho facilitam erros” dos jornalistas (embora não os justifiquem).
Morais Sarmento, a propósito da nomeação de Pina Moura para a administração da TVI, lança outra abordagem muito realista sobre a possível dependência ou influência dos diversos poderes, político e económico (patronal no caso), no que respeita aos jornalistas. Reconhece que o poder político sempre pretendeu, e pretende, exercer a sua influência sobre os jornalistas, e eu acrescentaria que o poder económico, os grupos que detêm os média, também não vêm com bons olhos críticas aos seus interesses o que condiciona naturalmente o trabalho dos jornalistas. Ao falar do caso de Espanha, mostra um exemplo do que é evidente, a assumpção clara duma ideia política por parte de cada órgão de comunicação social.
Abordagens diferentes sobre o jornalismo, mas interessantes, pois deviam ser alvo de reflexão por parte dos jornalistas, já que todos compreendemos que a isenção é um mito, porque todos temos opiniões próprias e somos todos dependentes de alguém que pode não gostar de tudo o que dizemos, com todas as consequências que daí podem advir.
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Fotos
´´E pá, até julguei que era um combate de boxe! Também acho que os jornalistas só tinham a ganhar manifestando claramente as suas simpatias clubisticas. Não gostei da referência sexual do MS, mas também não simpatizo com o homem.
ResponderEliminarTchaui
Olá. Sobre os jornalistas pouco conheço, mas sobre o jornalismo ocorre-me, sempre que este tema é notícia, que «cerca de 70% das notícias publicadas nos jornais portugueses têm como origem as agências de informação ou os gabinetes de Imprensa». vide:
ResponderEliminarhttp://www.clubedejornalistas.pt/DesktopDefault.aspx?tabid=688
Jornalistas mal pagos e contratados atermo ou à peça, são muitos os casos, não podem dar bom jornalismo e isenção. No jornalismo ou em qualquer profissão, bons salários dão condições para bons resultados, e a selecção faz-se naturalmente.
ResponderEliminarBjos
Tal como acontece em todo lado, também no jornalismo é natural que a entendidade patronal exija fidelidade aos seus funcionários e isto é só por si uma limitação inegável.
ResponderEliminarAbraço
Eles falem, falem mas não dizem nada! Só queria saber quantos comentadores da nossa iprensa têm costela socialista ou laranjinha. Gosto de chamar os bois pelos nomes, sem ofensa bem entendido.
ResponderEliminarLuvas de pelica ou de boxe não escondem a intromissão do poder político e do poder económico, não assumida, na comunicação social portuguesa. Pobres jornalistas que ainda julgam que estão imunes às pressões...
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