INDEFINIÇÕES NA CULTURA

Com as extinções do IPPAR e do IPM, entre outras, houve uma redefinição das tutelas de alguns palácios, monumentos e sítios, contudo, por algum motivo que não está bem explicado, alguns serviços foram deixados de fora e há ainda pelo menos um Palácio Nacional, o da Pena, que embora tenha legalmente passado para a tutela do IMC, IP está em vias de ser entregue a uma Sociedade Anónima de capitais públicos, a PSML.
É muito estranho, incompreensível mesmo, que tendo sido feitas e aprovadas novas leis orgânicas para as micro-estruturas do Ministério da Cultura, persistam incógnitas e se fale em entregas por despacho posterior. Qualquer cidadão, e por maioria de razões qualquer funcionário destes serviços com situação indefinida, se pode questionar sobre as reais intenções do governo e porque é que em sede de reestruturação e elaboração de novas leis orgânicas, não ficou tudo devidamente definido.
Qual o destino do Mosteiro de Tibães, de Santa Clara-a-Velha , de Miróbriga, do Freixo e da Fortaleza de Sagres? Está nas mãos da ministra?
Começa a ficar bem evidente que esta reestruturação é apenas uma etapa a cumprir para um objectivo não revelado de alienação de serviços para outras entidades públicas ou privadas. O património nacional está em risco de ser dividido e entregue em parcelas sem que os portugueses disso sejam informados, por despacho da senhora ministra Isabel Pires de Lima, que nunca demonstrou por ele respeito, e muito menos pelos que com o seu trabalho e dedicação têm mantido e dinamizado estes monumentos que são de todos os portugueses.

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Marc Aubry

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