Quando num mesmo dia aparecem
duas notícias sobre museus, no mesmo jornal, quem se interessa por eles fica
admirado e lê avidamente os textos, ainda que não esteja à espera de nada de
bom.
Num artigo de opinião assinado
por Luís Raposo, ficamos cientes que há directores de museus que ficaram presos
ao passado e que hoje já não acompanham as necessidades dos novos tempos e dos
novos públicos, não tendo portanto já a capacidade para reagir. Não é novidade
para quem está por dentro e se depara com o conformismo de quem já se habituou
a não exigir, a não lutar pelo que têm sob sua responsabilidade.
No outro artigo, este uma notícia
sobre o Museu dos Coches e o Picadeiro Real (antigo museu dos coches), vemos a
denúncia pública de elevadores parados por falta de manutenção atempada, do uso
pelo público das escadas de emergência por não existir outra opção, bem como a
passagem de pessoas com mobilidade reduzida por zonas interditas aos
visitantes. No Picadeiro, que era suposto ter sido recuperado depois da
abertura do novo museu, é a decadência que impera, e mesmo virada para o
exterior não escondendo o esquecimento da tutela.
Continuamos à espera de boas
notícias para este sector do Património, mas não será certamente com as
estruturas existentes, com os dirigentes actuais e com o orçamento miserável
que lhe é afecto.
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