sábado, dezembro 02, 2017

O PATRIMÓNIO E AS SUAS POLÉMICAS



Já nos recompusemos do caso do jantar (de mau gosto) no Panteão Nacional, e do jantar (superpovoado) no Palácio da Ajuda, e eis que aparecem mais alguns casos que nos fazem recordar tudo.

As obras em curso no exterior do Palácio da Ajuda, com vista ao fecho do edifício que servirá de museu da jóias da coroa, parece que não aparentam grande segurança, e já houve quem as pusesse em causa, exactamente por motivos de segurança. Pelo que li os cidadãos que acham que o palácio pode estar em perigo, pedem agora ao 1º ministro uma avaliação urgente e independente, a realizar pelo Laboratório de Engenharia Civil.

Por outras paragens, mais precisamente em Alcobaça, existe um conflito latente entre a direcção do Mosteiro, a DGPC, e a paróquia, estando em causa a colocação duma porta de vidro numa capela. Este conflito entre os responsáveis do Património e a Igreja é sempre possível nos monumentos classificados e abertos ao público, onde a paróquia local pretende continuar a fazer o seu culto e a ter a devida privacidade, ainda que não queira assumir responsabilidades na conservação da igreja e de outros espaços de apoio ao culto. É o delicado problema das relações entre o Estado e a Igreja, que não é fácil de resolver.

Já agora, e só porque se falou de garantir a segurança do Palácio da Ajuda, talvez venha a propósito falar-se das condições de segurança do Palácio de Mafra, atendendo ao (mau) estado em que estão os suportes dos sinos das duas torres que ladeiam a Basílica, neste momento (e há vários anos) suportados por andaimes. Existe algum estudo recente, independente, atestando a segurança do edifício, dos visitantes e dos funcionários?



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